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DA ARQUIBANCADA

A luta continua, Coelhão

É um escândalo local e nacional o que árbitros e bandeirinhas fizeram a favor de Atlético e Cruzeiro nas duas primeiras rodadas do Campeonato Mineiro'2017

postado em 10/02/2017 12:00 / atualizado em 10/02/2017 10:35

Carlos Cruz/América
O país é tão grande, tão grande, que entre Belo Horizonte e Rio Branco o fuso horário é de três horas! Assim, curiosamente, o jogo Atlético-AC 0 x 2 América, que começou lá às 20h30 de quarta-feira, terminou aqui na madrugada de quinta-feira. Com a vitória, o Coelhão passou de fase na Copa do Brasil. Como canais de TV e internet não transmitiram a partida, o torcedor americano “assistiu” ao vivo pela Rádio Itatiaia, que marcou presença na Arena da Floresta.

Pelo que pude “ver”, o América foi um time bipolar: jogou bem nos 45 minutos iniciais, quando Hugo Almeida (foto) fez seu primeiro gol com a camisa americana, mas voltou do intervalo esquecendo o futebol em um cantinho do vestiário: atletas erraram muito, em especial Gérson Magrão (substituído por Renan Oliveira), Felipe Amorim (trocado por Renato Bruno), Tony (entrou Alex Silva em seu lugar) e Pará. Escalado também como comentarista, o repórter Emerson Romano classificou de “sinistro” o segundo tempo do Coelho. Ainda assim, aos 42min, Renan Oliveira fez 2 a 0. Ufa!

Desgastado pela longa viagem ao Acre, no domingo o América encara a Caldense, em Poços de Caldas. Jogo difícil. Mas já que o Hugo Almeida desencantou lá no Norte, espera-se que ele estufe as redes da Veterana, no Sul de Minas. A luta continua.

Mão grande
É um escândalo local e nacional o que árbitros e bandeirinhas fizeram a favor de Atlético e Cruzeiro nas duas primeiras rodadas do Campeonato Mineiro’2017. O Atlético foi ajudado duas vezes: venceu o América de Teófilo Otoni por 1 a 0 com o gol sendo marcado por meio de um pênalti inexistente; e na segunda partida, quando derrotava a Tombense por 1 a 0, a arbitragem anulou o gol de empate, legítimo, do time de Tombos. Depois, o Atlético fez mais dois, mas...

Já o Cruzeiro derrotou o Tricordiano por 2 a 1, mas o goleador estava impedido no segundo gol. Ambos os clubes estão com seis pontos e lideram o Estadual; porém, sem a mãozinha providencial das arbitragens, Galo e Raposa teriam conquistado no máximo quatro pontos cada um. Jogadores e torcedores de América-TO, Tombense e Tricordiano reclamaram muito das decisões equivocadas ou mal-intencionadas de árbitros e bandeirinhas, que nem se abalaram e foram para casa com a consciência tranquila (será?). Assim é fácil ser campeão.

O Atlético venceu as finais de 2012 e 2015 com a participação altamente favorável e decisiva de árbitros e bandeirinhas. Em 2012, contra o América, o placar estava 0 a 0 quando, aos 17min, Bernard derrubou China na área, em pênalti escandaloso que a arbitragem não marcou. Em 2015, o alvinegro da capital derrotou a Caldense com um gol de Jô em completo impedimento, mas os honoráveis responsáveis pelo apito e por uma das bandeirinhas não o anularam.

Como reclamações não resolvem o problema e como eles não se incomodam nem um pouco que suas amadas genitoras sejam homenageadas com aquele palavrão gritado alto e bom som, fica tudo por isso mesmo. Assim é fácil ser campeão. Vergonha!

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