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DA ARQUIBANCADA

La mano! Arbitragem colorada

'Arbitragens inimigas não podem servir de desculpas para esconder os erros de contratação, montagem do grupo de atletas e de escalação'

postado em 16/06/2017 12:00

Ramon Lisboa/EM/D.A Press

No início do jogo, em posição legalíssima, Hugo Cabral ficaria cara a cara com o goleiro do Internacional, mas o assistente levantou a bandeira, marcou o impedimento inexistente e matou a chance de o América abrir o placar no Independência. Perigo de gol. Aos 29min, um defensor colorado deu uma cacetada no pé esquerdo de Luan e o derrubou na área, mas o árbitro considerou normal o pontapé e mandou a partida seguir. Pênalti não marcado que poderia ter sido o gol de empate do Coelhão.

No segundo tempo, mais dois lances típicos dessa arbitragem favorável aos gaúchos: 1) Matheusinho dominou a bola no alto e um defensor do Inter baixou o sarrafo na coxa esquerda do garoto, que saiu mancando – falta escandalosa que o árbitro assinalou, mas não aplicou o cartão amarelo ao agressor; 2) Aos 46min, o assistente levanta a bandeira e marca impedimento inexistente do ataque americano, que avançava em direção à meta adversária. Outro perigo de gol.

É importante lembrar que na rodada anterior o Internacional derrotou o Náutico por 4 a 2, com nada menos do que quatro pênaltis marcados a seu favor. Não vi o jogo, por isso não sei dizer se os pênaltis existiram de fato ou não. Mas fica a pulga dando piruetas e incomodando atrás da orelha.

Porém, arbitragens inimigas (no jogo anterior anularam gol legítimo do Coelhão) não podem servir de desculpas para esconder os erros de contratação, montagem do grupo de atletas e de escalação da equipe do América, erros cometidos por dirigentes, diretor de futebol e treinador. A cada partida fica claro que há jogadores ali que não deveriam ser escalados e nem mesmo mereciam ser contratados. Até hoje, por exemplo, não temos laterais bons marcadores, o que sobrecarrega as atuações do goleiro João Ricardo, dos zagueiros Messias e Rafael Lima, dos volantes Zé Ricardo e Willian (e Gustavo Blanco, quando jogava). Ou seja, desde 2016, é um time capenga, incompleto e, em consequência, irregular e desequilibrado, com altos e baixos durante os jogos.

Outro ponto negativo e comprometedor é o ataque, autor de pouquíssimos gols desde a Série A’2016. Ali, sob o comando de Enderson Moreira, que estreou em 25 de julho, foram 23 jogos e apenas 14 gols. Em 2017, somando os fracassos de Primeira Liga (zero gol!), Copa do Brasil (zero gol!) e Campeonato Mineiro, foram 17 jogos e 16 gols. Na Segundona, até agora, foram sete jogos e seis gols. Sem maquiagem, os números provam que em todas as competições a média de gols feitos pelo América é sempre menor do que um por partida. Já a média de gols sofridos é sempre maior. Haja sofrimento! Ressaltei na coluna anterior: “... desde o ano passado os centroavantes contratados pelo clube não conseguem fazer os gols que são bem pagos para fazer: Michael e Borges fracassaram e Hugo Almeida e Bill (...) estão em dívida com as redes adversárias. Dirigentes, diretor de futebol, treinador e preparador físico têm de encontrar soluções urgentes”. Urgentíssimas.

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