Obrigado, Cruzeiro, meu tetracampeão

São Pedro bem que tentou, mas não conseguiu atrapalhar a festa ao mandar uma chuva torrencial momentos antes do jogo. Um verdadeiro pé d’agua deixou a torcida, que ainda estava entrando no estádio, completamente molhada. Eu, inclusive. Isso só serviu para aumentar a vontade da massa celeste de empurrar o time ao tão aguardado tetracampeonato.

Se no ano passado levantamos o título contra o Vitória fora de casa, neste tivemos a honra de ver a conquista em nosso estádio. Uma festa que começou com momento especial, pois somente o maior do Brasil tem seu nome no Hino Nacional, cantado a plenos pulmões na frase “a imagem do Cruzeiro resplandece”.

A entrada de um escudo gigante no gramado foi o sinal do que estava para acontecer. Nem o gol de empate do Goiás desanimou a torcida. Parecia roteiro de filme hollywoodiano. Não poderia ser muito fácil, afinal de contas, nunca foi. Depois disso, o que vimos foi um verdadeiro show do Fábio, com defesas improváveis e impossíveis. Nesses momentos, Deus conspirou a favor, criando a situação perfeita para que pudéssemos agradecer e gritar em coro o nome do maior goleiro do Brasil.

Os celulares ligados com seus flashs gravando a comemoração do gol da vitória pareciam um céu estrelado refletindo a vontade de todos de que aquele momento se tornasse eterno na memória dos cruzeirenses. Ganhar três títulos no formato de pontos corridos não tem nada de sorte nem é consequência de causas impossíveis. É pura competência.

Obrigado, Cruzeiro, por este mar de alegrias. Obrigado pela oportunidade de reviver o melhor dos sentimentos. Obrigado por duplicar na minha memória o grito que somente o nosso time pode fazer: “É campeão!”