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Depois de sete anos, Cruzeiro estreia com derrota no Campeonato Mineiro

Time foi muito mal diante do Guarani, principalmente no segundo tempo, e somou o primeiro revés em estreias do Estadual desde 2004

postado em 05/02/2012 18:55 / atualizado em 05/02/2012 22:22

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

A tarde de domingo esteve longe do que o torcedor estrelado esperava para a estreia do Cruzeiro na temporada 2012. Depois de um início regular nos primeiros minutos do duelo, a Raposa permitiu espaços ao Guarani, que marcou seu gol - o único do jogo - aos 29 do primeiro tempo e soube administrar o resultado. A derrota por 1 a 0 deixa o time celeste em 10º lugar na tabela do Estadual.

A atuação azul na etapa complementar esteve abaixo da crítica e irritou os quase cinco mil pagantes na Arena do Jacaré. O Guarani esteve mais perto de ampliar o placar do que o Cruzeiro de chegar à igualdade.


Sob vaias e gritos de “Ahh... é Luxemburgo”, o técnico Vágner Mancini viu um time inofensivo nos últimos 45 minutos, quase incapaz de incomodar o goleiro Thiago.



TV Alterosa


O jogo


Com fome de bola, depois de realizar a maior pré-temporada dentre todos os clubes da Série A do futebol brasileiro, o Cruzeiro finalmente pisou no gramado, de forma oficial, na temporada 2012. Na Arena do Jacaré, a equipe logo partiu pra cima do Guarani, em sua estreia no Campeonato Mineiro. Antes da primeira volta do relógio, o time chegou à linha de fundo com Diego Renan, mas a defesa levou a melhor e colocou a bola para escanteio.

Bem postada, a Raposa explorava bem as duas laterais do campo, com Diego Renan e Gilson. Aos cinco minutos, depois de uma boa investida pela esquerda, a bola sobrou limpa para Anselmo Ramon, que girou e bateu da entrada da área, rente ao travessão de Thiago.

O Guarani jogava apenas nos erros estrelados e apostava nos contra-ataques. Aos sete minutos, Chibanca arriscou de fora da área, mas sem qualquer perigo para o goleiro Rafael. Aos 12, Léo também emendou um chute de longa distância, a bola quicou antes de chegar ao camisa 1 celeste, mas ele segurou firme.

Dono das ações ofensivas mais perigosas, o Cruzeiro chegou de novo aos 14 minutos. Depois do cruzamento da esquerda e de uma tentativa de defesa frustrada de Thiago, a bola sobrou na direita para Diego Renan. Ele cruzou e descobriu Montillo no centro da área. O argentino concluiu bem e quase inaugurou o placar na Arena do Jacaré.

Após um início mais eficiente, o time de Vagner Mancini permitiu um espaço maior à equipe de Divinópolis e o jogo ficou mais parelho depois dos primeiros 15 minutos. Aos 29, o Guarani foi premiado por buscar seu gol. Luizinho avançou bem pela direita e cruzou na segunda trave. Magalhães só teve o trabalho de empurrar para as redes e escrever 1 a 0 em Sete Lagoas.

O gol significou uma postura mais defensiva do time do técnico Giancarlos Rodrigues. De olho no empate, o Cruzeiro tentava avançar, mas rifava muitas bolas e era pouco objetivo. Aos 36, Montillo chegou pelo meio e bateu forte, de direita, mas Thiago defendeu sem dificuldades. Já nos acréscimos, o argentino arriscou de novo. Depois de receber da direita, ele bateu forte, de frente para as traves, mas mandou por cima do gol.

Cruzeiro muito mal e torcida na bronca

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
As duas equipes voltaram para a etapa complementar com alterações. Atrás no marcador, Vágner Mancini sacou Amaral e colocou o atacante Wallyson em campo. No Guarani, o técnico tirou Tita para a entrada de Carlinhos.

Aos seis minutos, a primeira investida azul no segundo tempo. Montillo cobrou um escanteio pela esquerda e Victorino desviou de cabeça, mas a bola foi para fora. Com posse de bola ligeiramente maior, a Raposa não conseguia traduzir em gols a pequena supremacia. O time marcava presença maior no ataque, mas subia movido pela afobação, muito desorganizado.

Insatisfeito com a produção da equipe, Mancini voltou a mexer aos 18 minutos. Sacou Gilson e promoveu a entrada de Marcos. Nas arquibancadas da Arena do Jacaré, impaciente, a torcida estrelada gritava “Ahh... É Luxemburgo”, numa alusão ao técnico que foi demitido pelo Flamengo, na última quinta-feira.

No gramado, o Guarani quase ampliou a conta, aos 21 minutos: Chibanca chegou com a bola dominada, na entrada da área, e Rafael foi obrigado a deixar as traves para fechar o ângulo e impedir o segundo gol da equipe de Divinópolis.

Sob vaias, Vágner Mancini mexeu no Cruzeiro pela última vez, aos 28 minutos. Bobô ganhou uma vaga no ataque, no lugar de Wellington Paulista. No Guarani, Léo Medeiros saiu para a entrada de Cafu.

Completamente ineficiente, a Raposa quase não incomodou o goleiro Thiago na etapa final. As poucas chances foram desperdiçadas pelos homens de frente, para desespero do treinador, que via o Guarani mais próximo do segundo gol do que sua equipe do empate.

Aos 35 minutos, uma jogada lúcida: Wallyson cruzou da esquerda e Anselmo Ramon emendou para o gol, tirando tinta da trave direita. Aos 42, a última boa chance azul. Montillo cruzou, Anselmo Ramon ajeitou de cabeça e Bobô bateu fraco para a defesa de Thiago.

Na próxima rodada, a Raposa recebe o Tupi, em Sete Lagoas, e o Guarani encara o Boa, fora de casa.

Cruzeiro 0 x 1 Guarani

Cruzeiro
Rafael, Diego Renan, Leo, Victorino e Gilson (Marcos); Leandro Guerreiro, Amaral (Wallyson), Marcelo Oliveira e Montillo; Wellington Paulista (Bobô) e Anselmo Ramon
Técnico: Vágner Mancini

Guarani
Thiago, Luisinho, Bruno Maia, Márcio Santos e Tita (Carlinhos); André, Leo Medeiros (Cafu), Michel Elói, Walter Minhoca (Laércio) e Magalhães; Diego Chibanca
Técnico: Giancarlos Rodrigues

Motivo: 2ª rodada do Campeonato Mineiro
Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Data: 5 de fevereiro (domingo)

Gols: Magalhães, aos 29 minutos do 1º tempo (Guarani);
 
Árbitro: Átila Carneiro Magalhães
Assistentes: Janette Mara Arcanjo e Pablo Almeida Costa

Cartões amarelos:
Marcelo Oliveira, Wellington Paulista, Diego Renan, Léo, Wallyson e Leandro Guerreiro (Cruzeiro); Titã, Michel Elói, Magalhães, Luisinho e Carlinhos (Guarani)
    
Público pagante: 4.825
Renda: R$ 85.033,25