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Na era dos pontos corridos, Roth tem 10º melhor aproveitamento entre treinadores

Técnico gaúcho tem como maior feito na carreira a Libertadores de 2010 pelo Inter

postado em 15/05/2012 20:15 / atualizado em 15/05/2012 20:29

Soraia Piva

O Campeonato Brasileiro por pontos corridos colocou em prática a regularidade de equipes e treinadores em um torneio que legitima o aproveitamento a cada rodada. Disputado nesses moldes desde 2003, a competição consagrou técnicos como Muricy Ramalho (tetracampeão) e Vanderlei Luxemburgo, que levantou a taça em duas oportunidades no período. De acordo com levantamento do site Infobola, do matemático Tristão Garcia, o novo comandante do Cruzeiro, Celso Roth, ocupa o 10º lugar na lista dos mais regulares no Nacional.

No elenco celeste, Roth reencontrará ex-comandados como o meia Souza e o zagueiro Léo, que foram vice-campeões com ele no Grêmio. Conhecido por realizar bons trabalhos com grupos medianos, fato condizente com a situação azul, de acordo com o ex-treinador do clube, Vágner Mancini, o treinador gaúcho terá até dezembro de 2012 para convencer a diretoria que pode permanecer por mais tempo no cargo. Roth é esperado em Belo Horizonte nesta quarta para a assinatura do contrato.

Primeira vez em Minas

A primeira boa campanha de Roth na era dos pontos corridos foi justamente no arquirrival celeste: o Atlético. Em 2003, o técnico gaúcho coordenou o Galo numa campanha eficaz no Nacional. O Alvinegro esteve presente entre os primeiros colocados durante toda a competição, mas o trabalho do treinador foi ofuscado pela excelente campanha do time estrelado, que foi o campeão daquele ano. Ele saiu antes do fim do Brasileirão, porém, o Alvinegro não conseguiu nem a vaga na Libertadores.

Período no Cerrado

Na temporada 2004, o técnico repetiu a campanha de destaque do ano anterior e saiu do Goiás com o time na 6ª posição. Na ocasião, o Esmeraldino teve o terceiro melhor ataque sob a batuta de Roth, com 81 gols marcados no campeonato, refutando a fama de ‘retranqueiro’ adquirida pelo treinador. O aproveitamento do técnico em Goiânia foi de 52%.

Rivais cariocas

Durante a temporada 2005, o técnico alternou o comando de Flamengo e Botafogo, mas as campanhas foram modestas. Pelos dois times cariocas, o saldo de Roth foi negativo, com mais derrotas do que vitórias no currículo. Na Gávea, Roth conquistou 33% dos pontos e pelo Botafogo o índice foi de 46%.

Depois de ficar um ano afastado do futebol, Roth teve a chance de treinar o Vasco em 2007. O treinador teve aproveitamento mediano nos sete meses em que passou pelo time da Colina. Ele foi demitido em outubro, quando o Cruzmaltino estava no 12º lugar.

Site oficial do treinador

Duas vezes perto do sonho...


O ano de 2008 pode ser considerado de ‘renascimento’ no mercado. Celso Roth assumiu o Grêmio em fevereiro e quase conquistou o título. Depois de abrir 12 pontos de vantagem para o São Paulo, o Tricolor não segurou a pressão paulista e perdeu a taça. Apesar de questionado por parte dos torcedores, o técnico saiu do Grêmio, no início de 2009, com 63% de aproveitamento no Nacional.

Um sonho que durou oito rodadas. A segunda passagem do comandante pelo Atlético teve a liderança temporária do Brasileiro como ápice do percurso. O time dirigido por Roth perdeu o fôlego na reta final da competição e a realidade foi o 7º lugar no fim, mais uma vez sem a vaga no torneio continental. Se tivesse vencido Flamengo, Corinthians e Internacional, nas últimas cinco rodadas, em casa, o técnico teria levado o Galo ao título brasileiro.

Maior título da carreira

Há dois anos, Roth passou novamente por dois clubes no Nacional: Vasco e Internacional. No Rio de Janeiro, o treinador ficou apenas um mês no cargo e em cinco jogos conseguiu apenas uma vitória. No Colorado, ele obteve 55% dos pontos, mas o grande feito foi a Copa Libertadores. Roth foi contratado nas semifinais do torneio, no lugar de Jorge Fossati, e sagrou-se campeão da América.

O último trabalho do comandante foi no Grêmio. O técnico voltou ao Olímpico para o Brasileiro do ano passado, mas a campanha não foi similar a de 2008, quando o time ficou com o segundo lugar. O técnico pediu demissão do Tricolor em novembro e desde então aguardava uma nova proposta de trabalho.