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CRÔNICA

Uma geração de valor

postado em 24/11/2014 08:33 / atualizado em 24/11/2014 08:35

Bruno Furtado /Superesportes

GLAYDSTON RODRIGUES / EM DA PRESS
O Cruzeiro confirmou o tetra brasileiro e se colocou em outro patamar no nosso futebol. O clube tem agora oito títulos nacionais, atrás apenas de Palmeiras (10) e Santos (9). Na era dos pontos corridos, igualou-se ao São Paulo como tri. É bi seguido, feito que só seis agremiações alcançaram desde os anos 1960. E algo muito relevante: o time de Marcelo aumentou a galeria de troféus com futebol de qualidade.

Agora, ao cruzeirense só interessa ser campeão da Copa do Brasil sobre o Atlético. A quarta-feira à noite pode ser de mais buzinaço para a China Azul, de uma “alegria incontida”, como diz Alberto Rodrigues, ou de frustração se o rival levantar a taça. Num exercício de futurologia, tento imaginar o que se passará na cabeça do mais passional torcedor celeste em cada uma dessas situações. Na alegria, ele alçará Marcelo Oliveira à condição de “Sir” na Toca, ao status de Tostão e Dirceu Lopes. Na tristeza, esse senhor treinador estará sujeito ao injusto rótulo de pé-frio em mata-matas. Assim é a paixão.

Ainda sob a ótica de um radical, Egídio, autor da frase “esse título é nosso!”, pode ser, ao menos por alguns instantes, mais querido que Nonato e Sorín, pois foi o único que teve peito de bancar o penta. Será ‘mito’ nas redes sociais. Se o título não vier, pode virar vilão, aquele que falou demais antes da hora e municiou o rival.

Mas voltemos à realidade. Pelo que fez até aqui, Marcelo Oliveira já deve ser reconhecido como um dos maiores treinadores da história do Cruzeiro, senão o maior. Quem teve essa trajetória? Não há espaço para manchas. Egídio, com toda a sua limitação defensiva, está entre os bons laterais do país, tamanha a escassez. Quando Samudio foi titular, quanta falta ele fez. Isso prova a importância dos coadjuvantes nesse time cheio de protagonistas. Com vitória ou derrota na quarta-feira, que a torcida do Cruzeiro tenha a grandeza de valorizar essa geração única. Imagine, entáo, se o penta vier...