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Por que a Raposa manteve a taça

postado em 24/11/2014 08:47

Cláudio Arreguy /Estado de Minas

MARCOS MICHELIN / EM DA PRESS
Continuidade. Não há outra palavra que resuma à perfeição o motivo de o Cruzeiro ter festejado ontem seu quarto título brasileiro, segundo consecutivo. Ela simboliza não só a conservação do grupo, mas também da filosofia que já tinha dado certo no ano passado. O clube resistiu ao assédio europeu por seus principais jogadores e não seguiu a diretriz de administrações anteriores, famosas também por fazer boas negociações – mesmo que custassem a queda de produção do time.

Os poucos atletas que deixaram a Toca da Raposa eram garotos da base ou reservas que não faziam tanta diferença. Nenhum chegou a ser protagonista no vitorioso 2013. E os substitutos dos que saíram não deixaram a peteca cair. Reforços pontuais acabaram sendo importantes (Manoel e Marquinhos, por exemplo), quando não decisivos (Marcelo Moreno).

O Cruzeiro começou a manter o título brasileiro em sua galeria de sucessos ao apostar na manutenção de Marcelo Oliveira. Que por sua vez apostou de novo no aproveitamento amplo do forte elenco de que dispõe. Em nenhum momento mostrou desespero. Nem mesmo quando o time, depois de um primeiro turno impressionante, caiu no segundo. Tranquilo, confiante no material humano que tinha nas mãos, o treinador soube compensar o desgaste, provocado muito pela ansiedade de garantir a conquista que as estatísticas sinalizavam, com rodízio de jogadores poupados. Medida acertada, como provam as cinco vitórias consecutivas que acabam de transformar a tendência em fatura liquidada.

O grupo de jogadores foi outro fator determinante. Se a turma da reserva foi menos providencial do que em 2013, a que estava em campo voltou a dar conta do recado. Alguns até tiveram rendimento superior, como Mayke, Henrique e Ricardo Goulart, enquanto outros mantiveram o rendimento, que já era ótimo. Casos de Fábio, Lucas Silva e Éverton Ribeiro.

Por fim, o fator Mineirão, palco de grandes vitórias. Que deram confiança para bons resultados também fora de casa. Na soma desses fatores, o Cruzeiro justificou por que é a equipe a ser batida no futebol do país.