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Fábio analisa pressão e admite: 'A gente esperava que fosse o mais rápido possível o encaixe'

Goleiro comentou cobranças exercidas sobre Deivid, que fechou treino do Cruzeiro

postado em 03/03/2016 13:43 / atualizado em 03/03/2016 16:07

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Jogador mais experiente do grupo do Cruzeiro, o goleiro Fábio, de 35 anos, analisou a pressão vivida pela equipe nas primeiras partidas de 2016. Apesar da vice-liderança do Campeonato Mineiro, com 11 pontos, o time celeste não mostrou ampla superioridade sobre seus adversários e venceu apenas por diferença mínima de gols. Na Primeira Liga, o empate por 1 a 1 com o Criciúma e a derrota por 4 a 3 para o Fluminense deixaram o clube numa situação bastante embaraçosa com relação à classificação à semifinal. Fábio admitiu o momento instável, mas considerou as cobranças normais por se tratar de uma agremiação de grande expressão no cenário brasileiro.

“Cobranças e pressão sempre vão existir numa proporção cada vez maior no Cruzeiro. No ano passado, já vivenciamos uma pressão grande em função dos momentos negativos que nós vivemos. Este ano não é diferente. Os jogadores têm que estar preparados para essa cobrança. E a torcida tem direito de cobrar e vaiar depois do jogo, se o resultado da equipe não for satisfatório”, observou o camisa 1.

Ciente de que o time ainda está devendo na temporada, o capitão da Raposa admitiu surpresa com a falta de atuações satisfatórias. Para ele, a equipe deveria ter se acertado bem antes, tal como encerrou o ano de 2015 sob o comando de Mano Menezes, que, no Campeonato Brasileiro, conquistou oito vitórias, seis empates e perdeu apenas duas vezes (62,5% de aproveitamento).

“Tem que analisar de uma maneira transparente, né?! A gente tinha uma equipe que se encaixou no trabalho do Mano Menezes. Dentro do período que ele esteve aqui, foi um curto período, mas um trabalho muito consistente. E os resultados deram confiança ao nosso torcedor. Isso ocasionou num ganho muito grande de pontos que nos colocou numa situação tranquila e em busca de outros objetivos na competição. Lógico que, com mudanças, analisando dessa forma, um grupo novo, muitas contratações, poucos que permaneceram do ano passado para esse ano, se for analisar também a troca de treinadores. Com o trabalho do Deivid, que foi efetivado, a gente esperava que fosse o mais rápido possível o encaixe, mas sabemos que futebol nem sempre é dessa forma. Então temos que trabalhar e respeitar o nosso torcedor, que analisa jogo a jogo. Vamos tentar melhorar o mais rápido possível".

Perguntado se uma eventual permanência de Mano Menezes, que se transferiu para o Shandong Luneng da China no fim do ano passado, mudaria o cenário para 2016, Fábio disse que não é possível fazer previsões. “É difícil falar se ele (Mano) tivesse permanecido e ia continuar vencendo. São situações vivenciadas jogo a jogo. Se não tivesse vendido ninguém, talvez fôssemos tricampeões? Análises difíceis de se fazer. Temos que ver o que temos de concreto”.

A pressão sobre Deivid é tão grande que na manhã desta quinta-feira ele resolveu fechar o treinamento à imprensa antes da partida de domingo, às 18h30, contra a Caldense, no Estádio Ronaldo Junqueira, em Poços de Caldas. Fábio analisou a decisão do treinador. “Ele quis trabalhar com mais privacidade, e não esconder. Foi o momento do Deivid com jogadores. Sabemos da dificuldade que é. A Caldense sempre fez boas equipes, jogando lá em Poços. E, com certeza, teremos mais dificuldades. Queremos vencer, ganhar confiança e ter uma equipe consistente”.

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