Apesar de não ter mostrado um futebol de qualidade, o Cruzeiro manteve a invencibilidade em 2017, chegou a 11 vitórias em 12 jogos e abriu vantagem sobre o Murici-AL no mata-mata. As equipes se reencontram na próxima quarta-feira, às 21h45, no Mineirão. A expectativa é que a Raposa jogue melhor num gramado qualificado e diante de seus torcedores.
Antes de pensar novamente na Copa do Brasil, o Cruzeiro terá um clássico pela frente. No domingo, às 16h, o oponente será o América, no Independência. O duelo valerá pela sétima rodada do Campeonato Mineiro, competição em que os comandados de Mano Menezes ocupam a vice-liderança, com 16 pontos.
O jogo
Com apenas dois titulares poupados - o lateral-esquerdo Diogo Barbosa e o armador Robinho -, o Cruzeiro entrou em campo contra o Murici-AL com o objetivo de encaminhar um placar confortável. Só que o clube celeste esbarrou nas condições ruins do gramado do Estádio José Gomes da Costa e teve dificuldades para criar. O lance mais perigoso ocorreu aos 12min, quando Thiago Neves bateu da entrada da área e exigiu boa defesa do goleiro Dias. No mais, muitos passes errados e escorregões em campo - o próprio Thiago foi "vítima" da grama e tropeçou no momento em que se preparava para dar assistência a Arrascaeta.
Acostumado ao campo, o Murici viu que poderia produzir jogadas importantes e passou a tocar a bola. Quem ditava o ritmo da equipe era Júnior Murici - que já passou pelas divisões de base da Raposa. Aos 28min, o camisa 8 deu bom passe para Deysinho, que ajeitou a bola e chutou forte, exigindo grande defesa de Rafael. Enquanto os alagoanos continuaram tranquilos na etapa inicial e até arrancaram aplausos dos torcedores, o Cruzeiro cometeu equívocos na saída de bola e esteve longe de mostrar o entrosamento dos confrontos anteriores.
O técnico Mano Menezes não mexeu na equipe no intervalo. E na volta para o segundo tempo, o clube celeste continuou inoperante e atacando apenas em lances isolados. Mano, então, acionou dois jogadores: Rafinha e Elber. O segundo, que contou com torcida especial - os familiares viajaram 84 quilômetros de Passo de Camaragibe, sua terra natal, até Murici -, sofreu falta na lateral de campo aos 27min. Esse lance mudou a história da partida. Thiago Neves cruzou fechado em direção à pequena área e encontrou Manoel livre para cabecear firme em direção às redes: 1 a 0.
Mesmo com o 1 a 0, o Cruzeiro só foi ensaiar uma tabela de qualidade na reta final do segundo tempo. E o argentino Ramón Ábila, por vezes rotulado como jogador de pouca mobilidade, desvencilhou-se da marcação adversária e recebeu assistência de Rafinha. Cara a cara com o goleiro Dias, o camisa 9 - que estava em campo há apenas quatro minutos - bateu rasteiro e fechou o placar no interior de Alagoas: 2 a 0.
MURICI-AL 0X2 CRUZEIRO
MURICI-AL
Dias; Paulo Sérgio (João Paulo, no intervalo), Cláudio, Edson Veneno e Patrick; Edvaldo Rambo, Guêba, Júnior Murici e Deysinho; Alexandre (Alexandro, aos 13min do 2ºT) e Kattê (Tarcísio, aos 13min do 2ºT)
Técnico: Roberval Davino
CRUZEIRO
Rafael; Ezequiel, Leo, Manoel e Fabrício; Henrique, Ariel Cabral, Thiago Neves e Alisson (Rafinha, aos 16min do 2ºT); Arrascaeta (Elber, aos 26min do 2ºT); Rafael Sobis (Ramón Ábila, aos 39min do 2ºT)
Técnico: Mano Menezes
Gols: Manoel, aos 27min, e Ramón Ábila, aos 43min do 2ºT (CRU)
Cartões amarelos: Edvaldo Rambo, aos 7min, Cláudio, aos 22min do 2ºT (MUR); Ezequiel, aos 34min do 2ºT (CRU)
Motivo: jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil
Estádio: José Gomes da Costa, em Murici-AL
Data: quarta-feira, 8 de março de 2017
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (BF-RS)
Assistentes: José Eduardo Calza (CBF-RS) e Lúcio Beiersdorf Flor (CBF-RS)