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Torcedores do Cruzeiro lançam curta que celebra os 20 anos de recorde do Mineirão

Coletivo Memória Celeste contou a história de Cruzeiro x Villa pelo olhar da família Ribeiro; em 1997, Gigante da Pampulha recebeu 132.834 torcedores

postado em 21/06/2017 15:00 / atualizado em 21/06/2017 15:42

Auremar de Castro/EM/D.A Press

132.834. Um número histórico. Nunca o Mineirão recebeu tantos torcedores em um mesmo jogo. E certamente nunca receberá, pois o Gigante da Pampulha comporta apenas 62 mil pessoas desde a sua reforma de modernização. Foi no dia 22 de junho de 1997, na final do Campeonato Mineiro entre Cruzeiro e Villa Nova. A Raposa venceu por 1 a 0, gol de Marcelo Ramos, e conquistou a taça.

O recorde de público do Mineirão completa 20 anos nesta quinta-feira. Para celebrar esta marca e, de forma mais ampla, exaltar a torcida do Cruzeiro, o coletivo Memória Celeste reuniu a família Ribeiro, uma das muitas que estavam presentes naquele dia, e contou esse episódio da história celeste em um curta-metragem de 7min14 que já está disponível no Youtube (assista ao vídeo no fim da matéria).

Integrante do grupo Memória Celeste, o jornalista Gustavo Nolasco conta como nasceu a ideia do curta. "O Bruno Mateus, um dos integrantes do nosso coletivo, garimpando a internet, acaba encontrando um vídeo de uma excursão de uma família ao Mineirão naquele jogo histórico. E o Guilherme Guimarães, outro integrante, conseguiu encontrar essa família. E a gente propôs para eles reviver essa história. O curioso é que aquela tinha sido a última vez que a família toda tinha ido ao Mineirão. A gente os reuniu e fomos refazer o trajeto", conta.

A gravação ocorreu no dia 1 de abril, data do jogo entre Cruzeiro e Atlético (2 a 1), no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro. A família Ribeiro é composta por Marcelo, Toninho, Jarbas, Karina, Barbara, Alessandra, Paulo, Fernanda, Matheus, Thiago, Dona Ivan e Claudia. Eles deixaram Betim e o bairro Califórnia, em BH, e foram em uma Kombi para o Gigante da Pampulha. O curta mescla imagens de arquivo da família e cenas gravadas neste ano.

Reprodução 'Eterno, um capítulo incontestável'
O Memória Celeste contou com a colaboração do Cruzeiro e de duas torcidas organizadas. "Tudo foi feito e bancado por nós. O Cruzeiro ajudou na entrevista com o Dida. O próprio Mineirão, na figura do assessor Rivelle Nunes, ajudou também. A torcida Geral Celeste conseguiu ingressos para família e a Máfia Azul nos cedeu uma Kombi para gravações", diz Nolasco.

Formado pelos jornalistas Bruno Mateus, Guilherme Guimarães e Gustavo Nolasco, pelo fotógrafo Leo Souza e pelo publicitário Thiago Soraggi, o coletivo Memória Celeste tem como objetivo exaltar a torcida do Cruzeiro.

"A gente conversou e resolveu criar este coletivo no início do ano. Partiu da paixão e da vontade de contar a história do torcedor do Cruzeiro e, por consequência, a nossa história também. A gente se sente patrimônio do clube. Pensamos em dar brilho para história do torcedor do Cruzeiro. Todo cruzeirense guarda na memória um jogo, um titulo. E se fala muito de ídolos, de dirigentes, de treinadores. A gente pretende exaltar as histórias que os torcedores viveram. A gente quer falar da torcida. O Cruzeiro já deu vários título para a torcida. Mas talvez o maior titulo que o Cruzeiro conquistou foi a torcida que deu para o clube. A torcida imortalizou o Cruzeiro como detentor do maior publico da história do Mineirão. E isso jamais será superado nem esquecido", afirma Nolasco.

O Memória Celeste já tem três outros projetos concluídos. Os integrantes estudam datas para os lançamentos. Planos mais ambiciosos estão por vir. "Nós temos outros três curtas produzidos. Estamos pensando também na produção de um longa-metragem sobre a história da torcida do Cruzeiro", afirma Nolasco. "Queremos exaltar ao máximo a história da torcida do Cruzeiro, dar luz para quem é importante, o torcedor e sua paixão. É importante porque a gente vê, no Brasil de uma forma geral, cada vez mais estádios vazios e frios. O ingresso caro acaba afastando muitas vezes as crianças dos estádios e isso pode acabar com a paixão, esse sentimento pelo time. E essa reflexão é válida para todos. É o momento que vive o futebol brasileiro", acrescenta.


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