O fim dos problemas?

Depois dos inúmeros problemas vividos pelos torcedores em relação à compra de ingressos e acesso ao Mineirão, tanto no clássico de reabertura do estádio, em 3 de fevereiro, no clássico Cruzeiro x Atlético, quanto, principalmente, na partida contra o Tombense, dia 2, a diretoria da Raposa resolveu agir duramente. Na ocasião do jogo contra o time de Tombos, vários cruzeirenses não conseguiram entrar no Mineirão ou sequer comprar ingressos, pois o número de bilheterias abertas foi insuficiente. Além de não contar com sua torcida nas arquibancadas, o clube perdeu dinheiro, já que se calcula que cerca de 4 mil pessoas não entraram, enquanto outro tanto só entrou com o jogo em andamento, depois de três horas ou mais em filas.

Para evitar que este problema se repita, o Cruzeiro tratou de tomar providências para que todos os torcedores consigam comprar os bilhetes e entrar no Mineirão com tranquilidade já a partir do jogo contra a Caldense, domingo, às 16h, pela 7ª rodada do Campeonato Mineiro. Depois de passar a dividir com a Minas Arena, administradora do Gigante da Pampulha, a responsabilidade pela comercialização de entradas, o clube anunciou ontem um projeto batizado Erro Zero, que tem o objetivo de acabar com todos os problemas identificados, principalmente no último compromisso em que foi mandante.

Mesmo admitindo que a meta é ousada, o diretor de Tecnologia da Informação do clube, Aristóteles de Paula Lorêdo, garante que a intenção é de que todos tenham conforto para adquirir os bilhetes e também entrar no estádio. Para isso, serão abertas todas as bilheterias, incentivada a compra antecipada, que começa amanhã, e melhora no sistema de emissão de bilhetes, dentre outras medidas.

Antes de tomar as providências, a diretoria celeste, em conjunto com a Minas Arena, identificou os principais problemas ocorridos contra o time de Tombos. Entre eles estão o atraso na abertura das bilheterias; poucos guichês abertos; demora no atendimento ao torcedor, pois se exigiu identificação mesmo de quem comprou inteira; lentidão na emissão de ingressos; falhas nas catracas e também nos cartões dos sócios-torcedor. Além disso, haverá melhora na sinalização dos setores e portões, que estaria pouco clara.

SUPORTE Outro ponto a ser aprimorado é a capacitação dos orientadores de torcida. Nos três primeiros jogos realizados este ano no Mineirão, muitos funcionários usando a camisa com a inscrição "Posso ajudar?" não sabiam dar informações ou o faziam de forma equivocada.

O Cruzeiro chegou a cogitar assumir o serviço, mas alega que o contrato da Minas Arena com o governo do estado, dono do estádio, exige que o próprio administrador exerça a função. "O que estamos fazendo é dando suporte, pois temos pessoas que já trabalharam em estádios, já conhecem bastante o perfil do torcedor, e que têm condições de estar próximas das pessoas para sanar as dúvidas e problemas que podem ocorrer", explica Lorêdo, citando o exemplo do funcionário Fernando Souza, que há 25 anos trabalha com gestão de ingressos. "Trata-se de uma autoridade no assunto."

MEDIDAS A SEREM TOMADAS NO MINEIRÃO
» Abertura dos 60 guichês para a venda de ingressos, tanto antecipado quanto no dia do jogo;
» Treinamento dos bilheteiros para agilizar o atendimento ao torcedor;
» Melhora na sinalização dos setores do estádio;
» Aperfeiçoamento do sistema de emissão de ingressos, tornando-o mais rápido;
» Incentivo à compra antecipada de bilhetes;
» Não será mais exigida identificação para quem comprar inteira, só para os de meia;
» Orientação ao torcedor para que ele ocupe o lugar marcado no ingresso