Paixão que mexe com antigos jogadores do Leão, como o ex-volante Pirulito e o ex-ponta-esquerda Hélio Bria, que esperavam com ansiedade a partida em companhia do amigo Florindo Antônio de Oliveira, num bar das proximidades.
O trio era constantemente assediado por torcedores. Como Virginia Grossi: “Eu vou onde quer que o Villa jogue. No Mineiro, fui a todos os jogos fora de Nova Lima. Neste ano o time está melhor e me enche de esperança”. Perto dali, no ambiente familiar, os meninos Luiz Gabriel Miranda, de 3 anos, vestindo a camisa da Raposa, e Guilherme Eustáquio, de 2, que trajava a do Leão, brincavam tranquilamente.
SEM PROBLEMAS
O policiamento nesse domingo foi mais eficaz do que em partidas anteriores. Grande número de policiais parava e fiscalizava cada veículo na estrada. Onde o movimento era intenso não só pelo jogo, mas também devido a uma festa rave na vizinha Rio Acima. “São públicos distintos e temos de estar atentos quanto a bebida e drogas”, justificou o sargento Gilvan.
No entorno do estádio, o forte aparato policial inibiu as confusões. As torcidas se comportaram bem. A preocupação dos cruzeirenses era mesmo com a equipe. Eles gritaram em coro o nome de cada jogador e o do técnico Marcelo Oliveira. “A gente tem um time de verdade agora. Por isso, só temos de nos preocupar com as vitórias e com esses jogadores que enchem nossos olhos, como Éverton Ribeiro, Dagoberto, Nílton...”, exultava Luiz Sérgio da Silva. Seus amigos Cláudio Marques, Carlos César e Marco Otávio só conseguiram ingressos na torcida do Leão. Nem diante dos gols celestes eles foram incomodados.
O trânsito foi o único senão na tarde novalimense. O isolamento das ruas em volta do Castor Cifuentes e a falta de faixas e placas de orientação confundiram torcedores, inclusive moradores da cidade.