O gramado ruim e a falta de luz após a partida contra o Atlético-PR, no estádio Vila Olímpica do Boqueirão, levarão o Cruzeiro a uma reclamação formal à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Depois de o time empatar por 2 a 2, em jogo válido pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o diretor de futebol Alexandre Mattos não poupou protestos.
“Isso foi uma palhaçada, uma falta de respeito. Qualquer adjetivo que eu usar é pouco. Daqui 15 dias começa uma Copa das Confederações, é inadmissível isso aqui. Nem Série D teve ter uma falta de estrutura tão grande, uma palhaçada dessa, que foi jogar num campo desse. O Cruzeiro que investiu tão pesado, que está buscando título, buscando jogar futebol... O que vimos foi rúgbi, não futebol. Foi uma palhaçada”, afirmou o dirigente.
Alexandre Mattos questionou a escolha do local de jogo. Estádio do Atlético-PR, a Arena da Baixada passa por obras para receber a Copa do Mundo, enquanto o Durival de Britto, usado durante esse período, sofre reforma no gramado. Já o Couto Pereira foi descartado por ser estádio do arquirrival Coritiba.
“As representações, com calma e tranquilidade, vamos mandar par a CBF. Os responsáveis são as pessoas que indicaram isso e as que concordaram com a marcação do jogo. Se não podia, a CBF que mandasse uma pessoa e desse uma olhada na condição. Tem Joinville perto, outros campos perto, até remarcar o jogo para outra data. Mas, fazer o que fizeram aqui foi uma palhaçada com o futebol brasileiro. Um jogo de Série A deve estar passando para o mundo inteiro”, acrescentou o diretor de futebol do Cruzeiro.
Por falta de luz artificial na Vila Olímpica do Boqueirão, o jogo entre Cruzeiro e Atlético-PR foi iniciado às 15h. Ao fim do jogo, o técnico cruzeirense Marcelo Oliveira revelou que falta energia nos vestiários enquanto os atletas tomavam banho.
Lesão
No jogo contra o Atlético-PR, o Cruzeiro perdeu o centroavante Borges por contusão. O camisa 9 sofreu lesão muscular na parte posterior da coxa esquerda. Mattos destacou que o gramado da Vila Olímpica do Boqueirão poderia colocar os jogadores em risco.
“Este campo, este pseudo-campo de futebol. Eles estão colocando o Cruzeiro aqui, é uma falta de respeito, uma temeridade. Montamos um time com tanto carinho e trabalho, isso é uma palhaçada, falta de respeito. Temos que falar mil vezes para ver se nunca mais fazem um coisa dessa. Corre risco de lesão, coloca um trabalho todo em risco, a gente tem que encarar pressão de torcedor, isso é inadmissível, inclusive para o adversário. Não é possível que a tabela está marcada há dois meses e não sabiam disso”, reclamou.