Futebol Nacional
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DIA DOS PAIS

Tecnologia contra a saudade

postado em 11/08/2013 09:41

(Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)

Pelos lados da Toca da Raposa II o dia será de defender a liderança do Campeonato Brasileiro. Assim, em vez de festejar a data dedicada aos pais, o domingo é de concentração. O contato com os filhos e, no caso de alguns, também com os pais, só acontecerá à noite, de preferência depois de conquistada mais uma vitória.

Aí, será a hora de matar a saudade depois de a semana passada quase toda longe de casa – o time se apresentou na manhã de segunda-feira, viajou à tarde para Criciúma e só retornou na tarde de quinta-feira. Assim, é natural que os momentos livres sejam dedicados às “crias”.

“É muito ruim ficar longe da minha filha, ela é tudo para mim. Quando vê os jogos, chora de saudade, segundo minha mulher me conta, e isso corta meu coração. Mas (a distância) faz parte da minha profissão e é para garantir um futuro tranquilo para ela”, afirmou o volante Nílton, pai de Giovanna, de 2 anos e 3 meses. Para amenizar um pouco o tempo longe, os recursos tecnológicos são de grande valia. Seja pelo telefone ou por webcam, o jogador sempre procura manter o contato. “Ajuda a diminuir um pouco a saudade.”

Como em outros clubes, é normal ver crianças nos campos da Toca da Raposa II, principalmente em dia de treino regenerativo, mais leve e rápido. Entre os mais assíduos estão os filhos do lateral-direito Ceará e do volante Tinga.

Segundo eles, isso é importante para a relação. “Pai tem de estar presente, dar exemplo, educação. A referência paterna é muito importante e por isso sempre procuro trazer o Levi, até para ele entender a profissão do pai”, afirmou Ceará, referindo-se ao filho de 7 anos, cujas irmãs, Dâmares e Pietra, têm 9 e 5 anos, respectivamente.

Para compensar a ausência não só no Dia dos Pais, mas também em outras datas comemorativas, como aniversário, ele não mede esforços para estar próximo dos filhos, levando-os à escola e atividades extra curriculares quando possível. “É uma forma de compensar o tempo longe. Temos de procurar aproveitar cada fase da criança. E tem de ser com qualidade. Se for por um dia, que seja com dedicação. Se for por uma hora, igualmente.”