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Que bonito é...

Depois de três anos fechado, grande palco do futebol mineiro está de volta com o principal clássico do estado e a festa de cruzeirenses e atleticanos

postado em 03/02/2013 08:26

Fechado há quase três anos para obras de reforma e modernização para a Copa das Confederações deste ano e a Copa do Mundo’2014, o Mineirão volta a ser, hoje, às 17h, o principal palco do futebol mineiro. Nele, Cruzeiro e Atlético vão protagonizar mais um clássico na história dos dois clubes, desta vez para reinaugurar o Gigante da Pampulha, em jogo antecipado da terceira rodada do Campeonato Mineiro.

Foram 972 dias de ansiosa espera dos torcedores e de todos os amantes do futebol, desde a última partida realizada no antigo estádio, em 6 de junho de 2010. Na ocasião, o Galo, do então técnico Vanderlei Luxemburgo, despediu-se de forma amarga do estádio, perdendo por 1 a 0 para o Ceará, pela sexta rodada do Brasileiro. Quatro dias antes, a Raposa também dava adeus temporário ao maior de Minas, empatando sem gols com o Santos, pela mesma rodada. Os arquirrivais iniciavam assim uma saga pelo interior do estado.

Durante esse período, a Arena do Jacaré foi a principal casa do futebol mineiro. A Raposa fez 41 jogos em Sete Lagoas. Também mandou suas partidas na Arena do Calçado, em Nova Serrana, no Melão, em Varginha, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, e no Independência, reinaugurado no final de abril de 2012. Já o alvinegro atuou 52 vezes no estádio do Democrata-SL e também fez alguns jogos no Ipatingão. Passou a jogar no estádio do Horto desde a reabertura, a exemplo do rival.

O fechamento do Mineirão representou prejuízos financeiros significativos para ambos, que foram obrigados a gastar mais com logística, enquanto perdiam em arrecadação. Por outro lado, teve benefícios nas quatro linhas. Jogando em campos de dimensões reduzidas e mais próximos de seus torcedores, os dois asseguraram dois vices campeonatos: o Cruzeiro, em 2010, e o Atlético, ano passado.

Hoje, eles iniciam a luta por mais um título estadual na antiga casa, palco de muitas glórias. O Cruzeiro, completamente reformulado depois de um 2012 apagado, espera repetir o resultado do último confronto pelo Mineiro, em 2010, quando bateu o rival por 3 a 1. Como de praxe, aquela partida foi recheada de muito folclore, batizada pela China Azul de “Clássico das Flanelinhas”. Com flanelas em punho, os cruzeirenses provocavam o arquirrival por não ter se classificado à Libertadores do ano anterior. Perdeu a vaga, justamente, para o clube azul, na reta final do Brasileiro. A estreia do armador Roger completou a festa celeste. O jogador deu assistência para o segundo gol, marcado por Leonardo Silva, fez o terceiro e, na comemoração, vestiu a cabeça do Raposão, mascote do clube, incendiando os torcedores na arquibancada.

Os atleticanos, por sua vez, esperam que a festa seja alvinegra desta vez, assim como aconteceu na última rodada do Brasileiro de 2012, quando o Galo venceu por 3 a 2. E a principal arma do técnico Cuca é justamente o entrosamento de seu time, uma vez que toda a equipe vice-campeã nacional do ano passado permaneceu no clube.

...SE NÃO CHOVER

 (Bruno Fonseca/Divulgação)

» Nesse sábado, no final da tarde, o sistema de drenagem do estádio foi testado. E pelo visto, não passou na prova. Por volta das 18h, quando caiu muita água na região da Pampulha, no mesmo horário em que a bola estará rolando, o gramado ficou bastante alagado. O problema pode se repetir hoje, uma vez que a previsão para a tarde é de tempo nublado, com pancadas de chuva. A tendência é de que chova 15 milímetros.

COMPENSAÇÃO PÓS-JOGO


O Cruzeiro garantiu que vai estudar ao longo da semana uma forma de compensar os cerca de 600 sócios-torcedores da categoria Cruzeiro Sempre que não puderam trocar ingressos para o clássico. Uma falha no sistema de comercialização de bilhetes operado pela empresa Outplan, contratada pela concessionária Minas Arena, impediu que a venda fosse iniciada na manhã de ontem, na sede do clube. “Apesar de ser uma situação de difícil compensação, vamos avaliar o que pode ser feito. A Outplan se preparou, mas no meio do caminho, por uma informação equivocada do sistema, passou a liberar toda a carga de ingressos que estava reservada”, afirmou o diretor de marketing da Raposa, Marcone Barbosa. Ele admitiu que o clube errou por não entregar o cartão aos sócios em tempo, mas ressaltou que alguém da Outplan liberou a venda das entradas equivocadamente. A assessoria de imprensa da empresa foi procurada pelo Estado de Minas, mas não retornou os contatos. (Bruno Freitas)

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