Fechado há quase três anos para obras de reforma e modernização para a Copa das Confederações deste ano e a Copa do Mundo’2014, o Mineirão volta a ser, hoje, às 17h, o principal palco do futebol mineiro. Nele, Cruzeiro e Atlético vão protagonizar mais um clássico na história dos dois clubes, desta vez para reinaugurar o Gigante da Pampulha, em jogo antecipado da terceira rodada do Campeonato Mineiro.
Foram 972 dias de ansiosa espera dos torcedores e de todos os amantes do futebol, desde a última partida realizada no antigo estádio, em 6 de junho de 2010. Na ocasião, o Galo, do então técnico Vanderlei Luxemburgo, despediu-se de forma amarga do estádio, perdendo por 1 a 0 para o Ceará, pela sexta rodada do Brasileiro. Quatro dias antes, a Raposa também dava adeus temporário ao maior de Minas, empatando sem gols com o Santos, pela mesma rodada. Os arquirrivais iniciavam assim uma saga pelo interior do estado.
Durante esse período, a Arena do Jacaré foi a principal casa do futebol mineiro. A Raposa fez 41 jogos em Sete Lagoas. Também mandou suas partidas na Arena do Calçado, em Nova Serrana, no Melão, em Varginha, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, e no Independência, reinaugurado no final de abril de 2012. Já o alvinegro atuou 52 vezes no estádio do Democrata-SL e também fez alguns jogos no Ipatingão. Passou a jogar no estádio do Horto desde a reabertura, a exemplo do rival.
O fechamento do Mineirão representou prejuízos financeiros significativos para ambos, que foram obrigados a gastar mais com logística, enquanto perdiam em arrecadação. Por outro lado, teve benefícios nas quatro linhas. Jogando em campos de dimensões reduzidas e mais próximos de seus torcedores, os dois asseguraram dois vices campeonatos: o Cruzeiro, em 2010, e o Atlético, ano passado.
Hoje, eles iniciam a luta por mais um título estadual na antiga casa, palco de muitas glórias. O Cruzeiro, completamente reformulado depois de um 2012 apagado, espera repetir o resultado do último confronto pelo Mineiro, em 2010, quando bateu o rival por 3 a 1. Como de praxe, aquela partida foi recheada de muito folclore, batizada pela China Azul de “Clássico das Flanelinhas”. Com flanelas em punho, os cruzeirenses provocavam o arquirrival por não ter se classificado à Libertadores do ano anterior. Perdeu a vaga, justamente, para o clube azul, na reta final do Brasileiro. A estreia do armador Roger completou a festa celeste. O jogador deu assistência para o segundo gol, marcado por Leonardo Silva, fez o terceiro e, na comemoração, vestiu a cabeça do Raposão, mascote do clube, incendiando os torcedores na arquibancada.
Os atleticanos, por sua vez, esperam que a festa seja alvinegra desta vez, assim como aconteceu na última rodada do Brasileiro de 2012, quando o Galo venceu por 3 a 2. E a principal arma do técnico Cuca é justamente o entrosamento de seu time, uma vez que toda a equipe vice-campeã nacional do ano passado permaneceu no clube.
...SE NÃO CHOVER
» Nesse sábado, no final da tarde, o sistema de drenagem do estádio foi testado. E pelo visto, não passou na prova. Por volta das 18h, quando caiu muita água na região da Pampulha, no mesmo horário em que a bola estará rolando, o gramado ficou bastante alagado. O problema pode se repetir hoje, uma vez que a previsão para a tarde é de tempo nublado, com pancadas de chuva. A tendência é de que chova 15 milímetros.
COMPENSAÇÃO PÓS-JOGO
O Cruzeiro garantiu que vai estudar ao longo da semana uma forma de compensar os cerca de 600 sócios-torcedores da categoria Cruzeiro Sempre que não puderam trocar ingressos para o clássico. Uma falha no sistema de comercialização de bilhetes operado pela empresa Outplan, contratada pela concessionária Minas Arena, impediu que a venda fosse iniciada na manhã de ontem, na sede do clube. “Apesar de ser uma situação de difícil compensação, vamos avaliar o que pode ser feito. A Outplan se preparou, mas no meio do caminho, por uma informação equivocada do sistema, passou a liberar toda a carga de ingressos que estava reservada”, afirmou o diretor de marketing da Raposa, Marcone Barbosa. Ele admitiu que o clube errou por não entregar o cartão aos sócios em tempo, mas ressaltou que alguém da Outplan liberou a venda das entradas equivocadamente. A assessoria de imprensa da empresa foi procurada pelo Estado de Minas, mas não retornou os contatos. (Bruno Freitas)
Que bonito é...
Depois de três anos fechado, grande palco do futebol mineiro está de volta com o principal clássico do estado e a festa de cruzeirenses e atleticanos
postado em 03/02/2013 08:26
Ludymilla Sá /Estado de Minas
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