Futebol Nacional
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Dia de gols contra

Cruzeirenses e atleticanos enfrentaram contratempos dentro e fora do estádio

postado em 04/02/2013 08:40

A orientação das autoridades e da BHTrans era para que o torcedor chegasse mais cedo ao Mineirão, para assistir a Cruzeiro x Atlético. Boa parte seguiu a recomendação à risca, mas pouco adiantou. Às 14h, três horas antes de a bola voltar a rolar no Gigante da Pampulha, as duas principais vias de acesso – avenidas Carlos Luz (Catalão) e Antônio Carlos – já estavam congestionadas. Cena que se repetiu mais tarde, logo depois do jogo, além de outros problemas no entorno do estádio.

O embarque dos 70 ônibus que fizeram o transporte coletivo dos torcedores ao estádio ocorreu sem problemas. Sob forte policiamento no Centro da capital, todos foram revistados antes de embarcar. O EM acompanhou as viagens das duas torcidas e constatou que nem mesmo o forte calor da tarde foi capaz de tirar o ânimo de quem estava louco para matar a saudade do maior estádio de Minas.

Um dos primeiros a se sentar em um dos coletivos lotados de cruzeirenses a partir da Rua Rio Grande do Sul, o psicólogo Frederico Braga, de 24 anos, preferiu deixar o carro em casa. “O clássico não traz tantas novidades. A estrela principal é o estádio. Pelas circunstâncias de hoje (ontem), achei o esquema de trânsito bem estruturado e até surpreendente. Não tive problema nenhum”, comentou.

Por volta das 15h30, o movimento de atleticanos no ponto de embarque da Avenida do Contorno era pequeno. Cinco minutos depois, o ônibus que levou a reportagem ao Mineirão saiu com apenas oito torcedores a bordo. Um deles, o administrador de empresas José Antônio de Souza, de 56, teve a oportunidade de observar de perto a obra que viu ganhar corpo nos três últimos anos: “Tenho passado perto do Mineirão e achei tudo muito bonito. Hoje (ontem) vou conferir. Espero que entrar não seja um problema”.

O longo congestionamento na Carlos Luz acabou virando fonte de lucro para o autônomo André Luís Orleans de Bragança, de 46. Na companhia de uma ajudante, ele improvisou um ponto de venda de bebidas utilizando o porta-malas do carro. Sob o sol forte, a cada minuto surgia um cliente interessado numa cerveja ou num refrigerante. “Nos dias das vendas de ingressos o Mineirão estava uma zona. Hoje estou aproveitando para faturar. Já tirei R$ 800. Se os fiscais nos deixarem trabalhar, dá para faturar uns R$ 3 mil.”

DESRESPEITO No entorno do Mineirão, não faltaram desrespeitos às leis de trânsito. Além de um motorista flagrado usando bebida alcoólica, houve quem largasse o carro na esquina ou sobre a calçada. Apesar de a PM ter prometido rigor, flanelinhas agiram livremente na Abrahão Caram, cobrando R$ 10 dos motoristas.

Sem vagas suficientes dentro do estádio, a vizinhança lucrou com a criação de estacionamentos temporários. “Temos vaga para 40 carros. Já conseguimos 21”, comemorou o pintor Régis Mendes, 34 anos. Para cada carro, ele cobrava R$ 40 – R$ 10 mais caro que o valor cobrado pela Minas Arena para o estacionamento do estádio.

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