Futebol Nacional
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Abismo financeiro separa o Galo do The Strongest, próximo rival na Libertadores

Bolivianos gastam menos de R$ 300 mil por mês para pagar salários a todos os jogadores. Folha de pagamentos do Atlético é próxima a R$ 4 milhões

postado em 06/03/2013 07:01 / atualizado em 05/03/2013 21:21

Rodrigo Clemente/ EM DA Press
REUTERS/Gaston Brito
Atlético e The Strongest são clubes fundados em 1908 e que estão no Grupo 3 da Copa Libertadores da América de 2013. As semelhanças param por aí. Se tecnicamente as equipes vão medir força nesta quinta-feira, a partir das 21h30, no Independência, financeiramente há um abismo separando o Galo do Tigre boliviano.

O elenco do Atlético, segundo estudo divulgado pela Pluri Consultoria, em janeiro, está avaliado em 71 milhões de euros (R$ 181 milhões). O clube ainda incorporou o atacante Diego Tardelli, pagando 5,25 milhões de euros (R$ 13 milhões). É o quarto mais valioso da Copa Libertadores. Já o grupo de atletas do The Strongest está cotado em 12,1 milhões de euros (R$ 31 milhões), apenas o 30º mais caro da competição.

Enquanto o Galo desembolsa, por mês, cerca de R$ 4 milhões para pagar os salários dos atletas, os bolivianos têm um custo mensal de 150 mil dólares (R$ 295 mil) para o pagamento dos 30 jogadores do plantel, de acordo com o jornalista Rafael Sempértegui, do diário La Razón, de La Paz.

O maior salário do The Strongest é o do atacante paraguaio naturalizado boliviano Pablo Escobar: aproximadamente 15 mil dólares (R$ 29 mil), um “trocado” se comparado aos rendimentos de Ronaldinho Gaúcho, próximos a R$ 900 mil mensais.

A arrecadação com patrocinadores ilustra bem a diferença dos valores investidos por cada clube no futebol.

A camisa do The Strongest têm oito marcas estampadas. Quatro delas repassam, juntas, cerca de 80 mil dólares por mês (R$ 157 mil ou R$ 1,9 milhões por ano). Os demais parceiros fornecem outros benefícios. Já o Atlético fechou patrocínios que ultrapassam R$ 25 milhões anuais.

“É uma diferença como daqui à lua. É muita diferença econômica. A Bolívia deve ser o país que paga os mais baixos recursos econômicos aos jogadores”, analisa o jornalista Rafael Sempértegui, do diário La Razón.