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Altitude de La Paz: outro adversário que o Atlético tenta derrubar na Bolívia

Delegação embarca neste sábado visando ao jogo de quarta-feira contra The Strongest. Preparador físico e médico comentam estratégia do Galo

postado em 08/03/2013 16:30 / atualizado em 08/03/2013 17:46

REUTERS/Jose Luis Quintana

A capital mais alta do mundo está na trilha do Atlético. Será na altitude de 3.600 metros que o Alvinegro vai defender a campanha 100% na Copa Libertadores. Na quarta-feira, às 22h, o time enfrenta novamente o The Strongest no Estádio Hernando Siles. A comissão técnica já traçou a estratégia para minimizar os efeitos da altitude nos atletas.

Sem poder desfrutar de uma preparação considerada ideal, o Galo buscou um planejamento que atenda às necessidades do time.

“Para se adaptar, o tempo mínimo é de três semanas. Isso é impossível. Umas das possibilidades é chegar até seis horas antes da partida, que entendemos também não ser o ideal. Vamos fazer um meio-termo. Vamos para a Bolívia quatro, cinco dias antes para aclimatar os jogadores aos distúrbios da montanha, que é a dor de cabeça, cefaléia, náusea, enjôo, alguma instabilidade”, explica o preparador físico Carlinhos Neves.

O Atlético embarca para La Paz neste sábado pela manhã. Três treinamentos estão previstos, sendo o último, na terça-feira, no local da partida contra o The Strongest.

“Eles devem ter dificuldades entre sábado e domingo. A gente já treina no domingo, com um trabalho mais leve, na segunda-feira faremos um treino um pouco mais forte, na terça-feira encerramos a preparação. Vamos procurar reproduzir situações da partida, tanto no aspecto físico quanto no técnico e tático”, informa Carlinhos Neves.

“Existe uma grande dificuldade do ponto de vista fisiológico, pelo fato de o ar ser mais rarefeito, pela pressão barométrica ser mais baixa. Os jogadores têm um aporte de oxigênio menor, consequentemente trabalham em uma frequência cardíaca mais alta, a ventilação também tem dificuldade”, acrescenta.

Os efeitos não atingem apenas o corpo humano. A bola também é alvo da altitude: “O ar mais rarefeito deixa a bola mais rápida. É importante que os jogadores se acostumem com os cruzamentos, com as bolas longas”, ressalta o preparador físico.

Alimentação

A preparação atleticana não é apenas dentro de campo. “É muito importante o jogador estar hidratado, procurar alimentar mais vezes com refeições menos pesadas. Também procurar se alimentar com carboidratos quando ficar mais próximo dos treinos, do jogo, dos esforços físicos”, destacou o médico Rodrigo Lasmar, que faz uma ressalva: “As reações na altitude são muito individuais. Algumas pessoas se adaptam melhor, outras sentem mais.”

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