Futebol Nacional
None

CONFUSÃO NO HORTO

Argentinos: noite foi "pesadelo"

Olé definiu o conflito no Independência como 'uma loucura sem controle'

postado em 05/04/2013 08:10 / atualizado em 05/04/2013 08:43

O Arsenal desembarcou no Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, ao meio-dia dessa quinta-feira para encerrar o “pesadelo” que começou em Belo Horizonte, como declarou o jornal Olé. Segundo a publicação argentina, os jogadores aparentavam cansaço e deixaram o local rapidamente. Enquanto jornais argentinos criticaram a polícia mineira, o presidente do clube de Sarandí, Julio Grondona, tratou de elogiar a postura do Atlético, eximindo o Galo de qualquer responsabilidade pelos confrontos.

O Olé definiu o conflito entre jogadores argentinos e a Polícia Militar como “uma loucura sem controle”, comparou-o ao episódio similar na partida entre São Paulo e Tigre, em dezembro, no Morumbi, e lembrou que o Brasil vai sediar a próxima Copa do Mundo e deve estar preparado para incidentes como esse.

Outras publicações hermanas também criticaram duramente o episódio de quarta-feira, no Independência. “A violência no futebol é triste. Ainda mais quando os protagonistas são aqueles que deveriam dar o exemplo. Mas ainda pior é quando o responsável é a polícia, que, em vez de evitar a violência, a generaliza. Tudo isso aconteceu no jogo do Arsenal”, disse o La Nación. O Clarín foi mais longe: chamou de “uma noite escandalosa” e destacou que um policial apontou uma arma para atletas do Arsenal, sem citar que as balas eram de borracha.

CARTOLA ELOGIA O GALO


Grondona criticou a polícia mineira, mas elogiou a postura do adversário. “Puseram uma arma em minha nuca. Para sair do Brasil, tive que pedir perdão ao policial que me apontou a arma. A Polícia Militar não estava à altura do evento. Tenho que agradecer ao presidente e às pessoas do Atlético, que se comportaram muito bem”, disse, em entrevista à Rádio 9 AM. “Se eu tiver vontade de ir ao Mundial, vou ver a Argentina e voltar. O nível de agressão é muito alto e está piorando. Espero que isso acalme um pouco”, concluiu.

Os argentinos Horacio Dileo, técnico do time de vôlei do Minas, e Rodrigo Quiroga, ponteiro, têm outro ponto de vista sobre o incidente. “Essas situações não podem acontecer. É preciso uma mudança cultural no futebol argentino, pois o que aconteceu não pode mais se repetir”, disse Dileo. Já para o jogador, o futebol de equipes não é mais agradável: “Não acompanho mais os times argentinos. A seleção sim, pois ela se preocupa em jogar futebol e dá gosto vê-la jogar”.