Futebol Nacional
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VENDAS

Nº 1 em falta no estoque

postado em 01/06/2013 08:44

Euller Junior EM DA PRESS
Herói do Atlético ao defender a cobrança de pênalti de Riascos nos acréscimos do empate com o Tijuana, quarta-feira, no Independência, Victor viu sua imagem ser comparada pela primeira vez à de um santo. O torcedor que pretende vestir a camisa do goleiro em homenagem à classificação do Galo às semifinais da Libertadores, contudo, pode se decepcionar. O Estado de Minas apurou que nenhuma das franquias oficiais do alvinegro na Grande Belo Horizonte tem a nº 1 disponível para venda.

A exemplo do uniforme oficial de jogo do time, o manto de Victor está sumido das prateleiras há semanas e, segundo os responsáveis pelas lojas, a previsão é de que as peças – produzidas pela Lupo, fornecedora oficial do clube – só sejam completamente repostas em julho. Depois de vários dias de espera, somente ontem foram disponibilizadas camisas do ídolo Ronaldinho Gaúcho.

“A demanda está muito grande e, mesmo aumentando a produção, o fornecedor está tendo dificuldades”, reconhece Daniel Mesquita, proprietário da Loja do Galo em Lourdes. Dono de outras cinco franquias da Lupo na capital mineira, o empresário revela que a marca pretende aumentar o ritmo de produção para 40 mil camisas por mês a partir de junho. A reposição completa do material, porém, necessita de maior período. “Só teremos todas as camisas em estoque em julho. A fábrica está ciente da possibilidade de o Atlético se sagrar campeão no torneio continental e por isso está ampliando a produção pensado nos jogos finais”, informou.

EUFORIA
A procura pelos uniformes no estabelecimento na Zona Sul de BH era grande na tarde de ontem. Em meio ao clima de euforia, inúmeros atleticanos aproveitaram o grande momento para levar diversos suvenires para casa.

Feliz com a classificação do Galo, o agente Édson de Jesus Crepório, 36 anos, foi às compras na esperança de encontrar uniformes infantis para os filhos Kaio Marques, de 5, e Kaio Diego, de 4. Como não encontrou nada, aproveitou para renovar o guarda-roupa com dois novos modelos – um deles a camisa de jogo reserva, na cor branca. “O momento é de grande comemoração para a torcida e nada melhor do que vestir a camisa, literalmente”, comentou. O preço do uniforme de jogo é único: R$ 199,90.

Fala, goleiro!

O que você achou da atuação de Victor contra o Tijuana?

• “Sensacional. Ele já vinha jogando muito bem e se encaixou perfeitamente com a defesa. É um jogador de muita experiência, e a vinda do Grêmio para o Atlético foi a melhor coisa que fez, tendo a oportunidade de se mostrar de novo, depois de sair da Seleção. Nas duas defesas, Victor mostrou isso tudo”
Renato Cunha Valle
goleiro do Galo em 1970 e 1971 e campeão brasileiro no segundo ano


• “Foi muito bem. Salvou o Atlético da eliminação. Realmente, foi o salvador da pátria. Ele já vem mostrando que é excelente goleiro há bastante tempo”
Luiz de Matos Luchesi (Mussula)
goleiro do Galo entre 1968 e 1973, treinador campeão mineiro em 1983 e funcionário do clube por mais de 30 anos


• “Demonstrou ser um goleiro frio, concentrado. Teve o equilíbrio de encontrar o momento certo para pular e conseguiu fazer a defesa na cobrança do pênalti. Mostrou que tem qualidade em uma final, momento de tensão e de decisão. Está de parabéns”
João Leite da Silva Neto
goleiro atleticano entre 1976 e 1989 e em 1991 e recordista de jogos com a camisa do clube: 684


• “Foi decisivo, não só pelo pênalti, como também na defesa anterior, quando o Atlético estava exposto. As duas defesas definiram a classificação. Victor vem bem no time e é claro que esse jogo ficará marcado na memória dele e do torcedor. Defender um pênalti decisivo aos 48min do segundo tempo é a consagração que todo goleiro deseja”
Wagner Fernando Velloso
goleiro alvinegro entre 1999 e 2003