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ATLÉTICO

Preparador físico do Atlético aponta desgaste por causa da falta de treinos

Galo vem de maratona de jogos e viagens na temporada

postado em 03/06/2013 17:43 / atualizado em 03/06/2013 17:46

Rodrigo Clemente/ EM/D.A Press

Pelas palavras dos jogadores do Atlético, o desgaste foi o vilão do time no empate por 0 a 0 com o São Paulo, no Independência, pelo Campeonato Brasileiro. O preparador físico do Galo, Carlinhos Neves, ressalta que o principal obstáculo enfrentado pela equipe é a falta de tempo para treinar.

“O momento que o Atlético está passando é de um desgaste dos atletas. Cansaço não é desgaste. Cansaço é quando não tem condição de ir para a partida. E, quando eles são escalados pelo Cuca, existe um consenso da parte médica, física e técnica. O que existe sim é um desgaste muito grande. Desde o fim do Estadual, não temos conseguido mais treinar a equipe. Conseguimos apenas recuperar os jogadores”, diz.

O Atlético decidiu e conquistou o Campeonato Mineiro no dia 19 de maio. Quatro dias depois, o time estava em campo no México, depois de longa viagem, para encarar o Tijuana pela Libertadores.

De volta ao Brasil, a delegação viajou direto para Curitiba, onde o adversário foi o Coritiba, no domingo, pelo Brasileirão. O técnico Cuca poupou Marcos Rocha, Gilberto Silva, Leandro Donizete, Ronaldinho e Jô. Na quinta-feira seguinte, o Atlético disputou dramático jogo contra o Tijuana, em Belo Horizonte, classificando-se à semifinal da Libertadores. Já no domingo passado, a equipe voltou a campo, agora para enfrentar o São Paulo.

Na maior parte desse período, os jogadores fizeram apenas treinos regenerativos. “Quando você só trabalha dessa forma, os jogadores vão gastando o combustível que tem. Em um determinado momento, seu tanque não está cheio, mesmo com toda estrutura que temos para acelerar a recuperação. Mas isso não é possível. O jogador fica com a recuperação incompleta. È isso que está acontecendo”, ressalta Carlinhos Neves.

Apesar da sequência puxada, poucas lesões têm sido registradas no Atlético. “Isso se deve à boa forma dos atletas, a estrutura muscular. Felizmente temos um número muito reduzido de lesões. Mas é claro que os jogadores estão no limite. Por isso a importância desse controle diário, com indicadores bioquímicos, como outras avaliações que fazemos. A arma que você tem é rodar esses jogadores. É um preço alto que estamos pagando pela própria competência”, destaca o preparador físico.

O Atlético aposta na parada do Campeonato Brasileiro, durante a disputa da Copa das Confederações, para recuperar os jogadores. Mas antes da pausa, o time vai enfrentar o Vasco, nesta quarta-feira, o Grêmio, no domingo que vem, e o Santos, dia 12.

Na retomada dos jogos, dia 3 de julho, o Galo faz partida de ida contra o Newell’s Old Boys, na Argentina, pela semifinal da Libertadores. O Brasileiro recomeça no dia 6, quando o Atlético recebe o Criciúma.