Futebol Nacional
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Atleticanos "abençoam" a taça

postado em 20/07/2013 08:52

Objeto de obsessão do torcedor atleticano, o troféu da Copa Libertadores desperta ainda mais emoção dos alvinegros quando visto de perto. Ontem, no primeiro dia em que a taça ficou exposta para visita no Mercado Central, foi preciso enfrentar fila para chegar perto do prêmio dado ao campeão do torneio, de pouco mais de um metro e 20kg. Nem mesmo o resultado contrário no primeiro jogo da final tirou a confiança dos torcedores que esperam que na quarta-feira o troféu seja carregado pelos jogadores do Galo.

“A vontade de ganhar esse título é tão grande que tivemos que ver a taça de perto. Estamos tão perto de conquistá-la que o coração já acelera imaginando o último jogo. O que esperamos é muita raça dos jogadores”, apostou a estudante Lara Maria de Souza, de 16 anos, que foi acompanhada da irmã, Sandra Luiza, de 13. A exposição está aberta das 7h às 19h e receberá os torcedores até o dia do último jogo da competição, quarta-feira.

A taça fica exposta no museu da Conmebol, na sede do órgão em Luque, Paraguai, e depois da última partida o campeão do torneio fica com ela por três meses, tendo que devolvê-la para a entidade e recebendo uma réplica. Para o aposentado Cleto Cardoso, de 83 anos, a única maneira de garantir que o objeto fique por três meses na sede do Galo é fazer com que os jogadores mostrem em campo toda a paixão que a torcida tem demostrado nas arquibancadas. “A chave é entrar com raça o tempo todo, sem desistir”, indicou.

A mesma estratégia é apontada pelo servidor público Guilherme Nahass, de 39, que foi “abençoar” a taça. “Os jogadores têm a chance de fazer a alegria se concretizar no sonho de milhões de torcedores. Então é concentrar ao máximo para buscar esse título”, afirmou o atleticano, que usou a camisa com o lema “Yes we C.A.M.”.

Entre a garotada, um jogador é mais lembrado. “Tenho certeza que o Ronaldinho quer muito ganhar e vai se esforçar muito. Vai marcar dois gols”, apostou Felipe Ventura, de 7 anos, que tirou fotos com a taça junto da irmã Bruna Ventura, de 11, e do primo Kaiky Davi, de 8 anos.

RIVALIDADE

Mesmo com a grande maioria de atleticanos, a taça atraiu cruzeirenses, que não perderam a chance de provocar os rivais. Bicampeão , em 1976 e 1997, o time celeste já tem o nome gravado no troféu. “Vim aqui ver as duas plaquinhas com o nome do meu time. Já os atleticanos veêm a chance de ter essa honra diminuir cada vez mais. Estou confiante em uma retranca fenomenal do Olimpia”, alfinetou o cruzeirense Evandro Freitas, de 32.

No trajeto até a taça, os rivais que marcaram presença ouviram muitas vaias e provocações. “Já que vocês têm duas dessas, vá lá tirar foto com elas e deixe de ficar invejando a nossa. Mas não esqueça do pano para limpar a poeira”, brincou o recepcionista Claiton Tostes, 36, que aproveitou o horário de almoço para tirar fotos com o troféu.

Os atleticanos lembraram a alegria da última passagem da taça pela capital. Em 2009, quando o Cruzeiro chegou à final contra o Estudiantes, da Argentina, os mineiros perderam o jogo e deram adeus ao tricampeonato.