Quem foi na manhã de sábado à Cidade do Galo, onde o time fez o segundo trabalho de preparação para o jogo da finalíssima da Copa Libertadores, quarta-feira, às 21h50, no Mineirão, contra o Olimpia, percebeu que não era um dia comum na vida do Atlético. Isso pela concentração dos jogadores na preparação, pelo ambiente (apenas os familiares), a atenção dos meninos da base que acompanharam o treinamento, também com seus familiares, funcionários, dirigentes e empresários. Todos atentos a tudo. Na entrevista coletiva, o atacante Jô deu a precisão da importância deste jogo para a carreira do grupo de jogadores: “Observem a vida dos jogadores que ganharam uma Libertadores. Mudou para melhor, fizeram história e é o que desejamos”. Seus representantes, com certeza, muito mais.
Já na chegada à Cidade do Galo, com acesso não permitido para os torcedores, percebeu-se que era uma manhã diferente. Os meninos da base (juniores e juvenis) ficaram perto da portaria, debaixo das árvores, cada um contando uma história próximo aos jornalistas que aguardavam a autorização para que pudessem acompanhar os treinamentos. De repente apareceu Laércio Rodrigues, cozinheiro da base. Brincou com a maioria, perguntando se eles estariam em ação na quarta-feira. Ouviu de muitos que sim. Promessas de gols, jogadas mirabolantes e muitas risadas. Outros, só pelo caminhar, percebia-se que estavam se preparando para entrar no clima da decisão, jogando as pernas como se aguardassem o momento de colocar o Galo no pedestal mais alto de sua história. Juliana, mãe de Dênis, um dos meninos da base, acompanhou tudo. Outros familiares também, todos atentos, imaginando futuramente seus filhos também vivendo um momento máximo no futebol.
Os representantes dos jogadores, que tiveram acesso mais cedo ao treino, acompanhavam os detalhes da atividade. Entre eles, Fernando Mendes, que tem sob sua responsabilidade Michel, Neto Berola, Rosinei e Leleu. Cuida de tudo para eles. Também se sentia um vencedor: “Vamos parar esta cidade na madrugada de quinta-feira”, prometia. Estava orgulhoso porque Michel treinava entre os titulares e tem chances de começar a grande decisão. Sua aposta é alta também para uma das opções de banco de reserva: Berola. “Se o Galo precisar de velocidade, é com ele mesmo”. À beira do gramado, os comentários eram os mais diversos possíveis. Quando Bernard errou uma conclusão, alguém gritou: “Até eu, na minha pelada, fazia”. Depois, o atacante deu um toque na conta para Jô marcar e a mesma pessoa não hesitou: “É assim mesmo Bernard. É o que vamos precisar na quarta-feira”.
TRABALHO Cuca comandou um treino tático e, em seguida, um coletivo. Ronaldinho Gaúcho se encaixou perfeitamente no que o técnico pediu: se movimentava para buscar a bola, conversava muito com os companheiros, para ajudar no posicionamento, e chegava à frente para concluir. Se aproximou de Diego Tardelli para a troca de passes, enquanto na frente Jô e Bernard ficavam para completar os lances. Todas as vezes em que Jô acertou uma jogada ou não conseguiu precisão, ficou olhando para o gramado ou bateu com os pés na grama. Do outro lado estavam alguns reservas, entre eles Guilherme e Leandro Donizete, este ainda sem as melhores condições. Alguns ficaram cobrando pênaltis, como Guilherme. Marcou e saiu correndo com os braços levantados e abertos. Depois Berola errou e chutou o ar de raiva.
Com o treinamento, ficou claro que Cuca está com o time praticamente definido. Michel ficou na lateral direita; Júnior César na esquerda e o meio-campo continua com Pierre e Josué. Mas Luan recebeu as orientações entre os titulares e depois treinou como lateral direito, no time reserva. Pode ser a surpresa.
ATLETICANAS
Visita
O lateral Elder Granja, que jogou no Atlético em 2008 e disputou o Campeonato Carioca deste ano pelo Madureira, acompanhou o treinamento. Veio desejar sorte.
Trabalho
Hoje, das 9h30 às 11h30, o treino da equipe será no Mineirão e, amanhã, a partir das 20h, no mesmo local. Por enquanto está determinado que os torcedores não terão acesso.