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Gilvan diz que "fuga" de presidente do Metalist e crise atrasam acerto de Willian

Presidente revelou que tratativas para aquisição do jogador ainda não começaram

postado em 26/04/2014 08:00 / atualizado em 25/04/2014 14:32

Luiz Martini /Superesportes

Beto Magalhaes/EM/D.A Press.

A crise política que abala a Ucrânia causou consequências na Toca da Raposa. Isso tem relação com a presença do jogador Willian, emprestado ao Cruzeiro até julho deste ano. O meio-campista tem os direitos vinculados ao time de Kharkiv e, segundo Gilvan de Pinho Tavares, a “fuga” do presidente do Metalist impossibilitou o início das conversas para a aquisição do atleta. Os direitos econômicos do camisa 25 estão fixados em quatro milhões de euros.

“As negociações pelo Willian não começaram. Todo mundo sabe que houve um problema na Ucrânia e o presidente do Metalist era o mesmo do país. Ele estava em dificuldade política e não havia condição de procurá-lo. A negociação tem que ser com ele. Estamos esperando a poeira abaixar para sentar e conversar. Evidentemente que queremos que ele (Willian) fique. Ele gosta do Cruzeiro e a torcida também gosta dele”, disse Gilvan ao Superesportes.

Na verdade, os presidentes do país e do clube são pessoas diferentes, mas aliados políticos e comerciais. O ex-chefe de estado da Ucrânia é Viktor Yanukovich, que foi deposto e é acusado de assassinato em massa de civis. O mandatário do Metalist é Sergey Kurchenko, outro a deixar o país. As datas das saídas de ambos ocorreram no fim de fevereiro. O ex-presidente dava suporte financeiro ao clube de futebol, que passou a atrasar salários depois que os dois fugiram para a Rússia.

O represente do Metalist no Brasil, Jader Brazeiro, afirmou à reportagem que o Cruzeiro tem até o dia 30 de maio para definir a vida de Willian. Segundo o agente, um clube paulista está interessado, apesar da prioridade ser celeste. Na versão do clube, o prazo para selar o negócio é 14 de julho, data em que o contrato do jogador termina.

A crise ucraniana começou há mais de quatro meses, e teve como estopim a recusa do governo de Yanukovich em assinar um acordo de cooperação com a União Europeia para se aproximar mais da Rússia. A medida gerou protestos, violência e acusações de desvio de verbas e outras fraudes, que culminaram com a deposição do presidente, que fugiu para a Rússia. Atualmente, o interino que rege o país é Olexandre Turchinov, designado pelo parlamento.

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