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CASO DE POLÍCIA

Assembleia marca audiência pública para discutir morte de torcedor do Cruzeiro no Mineirão

Reunião será na próxima quarta. Eros Belisário teria sido agredido por seguranças

postado em 11/11/2016 18:28 / atualizado em 11/11/2016 18:37

A morte do torcedor do Cruzeiro, Eros Dátilo Belisário, será tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas, na próxima quarta-feira. De acordo com testemunhas, em 26 de outubro passado o cruzeirense foi contido e agredido por seguranças quando tentava mudar de setor no estádio Mineirão, durante partida em Cruzeiro e Grêmio pela Copa Brasil.

Eros teria sido levado para uma sala e retirado, segundos depois, já inconsciente. Ele foi levado para o Hospital Odilon Behrens, onde já chegou morto.

Segundo os médicos, o corpo apresentava múltiplos traumas. Os seguranças alegam que ele passou mal durante a abordagem.

De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, e autor do requerimento, deputado Cristiano Silveira (PT), a reunião é para debater as circunstâncias que ocasionaram o incidente.

“Esse foi um caso mais grave, irreversível, pois gerou morte. Mas, temos visto outros episódios que nos deixam preocupados. O estádio tem que oferecer segurança a todos os torcedores. É preciso verificar se a equipe privada que faz a segurança do local tem qualificação adequada para a função. E acima de tudo, temos que apurar a morte do torcedor”, disse o deputado.

Pelo menos outras duas mortes de torcedores foram registradas no Mineirão nos últimos anos. Em 1997, durante o jogo Cruzeiro e Vasco, pelo Campeonato Brasileiro, o adolescente Claudemir da Silva Reis, então com 15 anos, foi atingido por uma bomba de fabricação caseira e morreu dias depois.

Outro caso foi em 2007, na final entre o Cruzeiro e Atlético. O atleticano Ronaldo Pedro Ferreira, de 23, entrou por engano numa área destinada ao time rival e foi agredido por cinco torcedores. Ele caiu no chão e teve traumatismo craniano.

Foram convidados para a audiência pública, o secretário de Estado de Esportes, Carlos Henrique Alves da Silva; o comandante-geral da Polícia Militar de Minas, coronel Marco Antônio Badaró Bianchini; o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, João Octacílio Silva Neto; promotores de Justiça; o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares; o presidente da Minas Arena, André Luís Santana Moraes, e o gerente de segurança da empresa, coronel Sandro Afonso Teatini Selim de Sales.

O gerente regional da Prosegur, empresa responsável pela segurança do estádio, Everton da Silva, e duas testemunhas também são aguardados.