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Opção pelo Corinthians em 2008, surpresa com volta de Dedé e interesse do Palmeiras: Mano passa carreira no Cruzeiro a limpo

Técnico é o mais longevo do Brasileirão, com dois anos e três meses de clube

postado em 04/11/2018 14:12 / atualizado em 04/11/2018 14:22

Vinnicius Silva/Cruzeiro
Aos poucos, Mano Menezes vai escrevendo seu nome na história do Cruzeiro. Além de ter sido bicampeão da Copa do Brasil pela Raposa, o profissional está entre os cinco técnicos que mais dirigiram o clube celeste, com 186 jogos, e o mais longevo do Campeonato Brasileiro, com dois anos e três meses de casa. Entretanto, a história entre Mano e Cruzeiro poderia ter começado bem antes de setembro de 2015, quando passou pela primeira vez pelo time mineiro.

Ao fim da temporada de 2007, a diretoria do Cruzeiro, na época, decidiu não renovar o contrato de Dorival Júnior, que havia classificado o clube celeste à Copa Libertadores do ano seguinte. Os dirigentes, então, estabeleceram Mano Menezes como alvo principal. O técnico, no entanto, acabou optando por treinar o Corinthians. A Raposa, por sua vez, contratou Adilson Batista. Quase 11 anos se passaram, e Mano revelou o motivo de ter aceitado o projeto de comandar o Timão na Série B, ao invés de disputar uma Libertadores pelo time azul e branco.

Daniel Augusto Jr/Corinthians
“Qual era a expectativa da torcida do Cruzeiro? O que as pessoas esperavam se eu dirigisse o Cruzeiro na Libertadores? Ganhar a Libertadores. E eu via no Corinthians uma oportunidade de fazer sucesso, atingir o objetivo muito mais próximo que no Cruzeiro. Qual era a chance do Corinthians não ganhar a Série B de 2008? Quase nenhuma. O Corinthians ia se reorganizar, tinha chegado no fundo do poço, era uma potência de futebol, ia ganhar a Série B e daria uma afirmação no meu primeiro trabalho fora do Rio Grande do Sul”, disse, em entrevista ao apresentador Benjamim Back, no programa ‘Aqui com Benja’, da Fox Sports.

Mas os caminhos de Cruzeiro e Mano Menezes se encontraram em setembro de 2015. Com a demissão de Vanderlei Luxemburgo, o treinador gaúcho foi chamado para treinar o Cruzeiro. O responsável pelo convite foi Benecy Queiroz, hoje supervisor administrativo do clube celeste.

“Ninguém sabe, mas a primeira pessoa que fez o contato comigo na minha primeira passagem foi ele (Benecy). Depois outros surgiram como padrinho, mas ele me ligou, me ofereceu um salário e eu aceitei. É uma pessoa importantíssima”, revelou Mano.

Mano ficou apenas três meses no Cruzeiro, até aceitar a oferta do Shandong Luneng, da China, em dezembro. O treinador foi demitido do clube oriental em maio. Dois meses depois, o português Paulo Bento tinha sua saída acertada da equipe celeste, o que abriu o caminho para Mano retornar a Belo Horizonte. Desde então, conquistou duas Copas do Brasil pelo time mineiro. Mas a trajetória quase foi interrompida em outubro do ano passado, quando o Palmeiras procurou o técnico.

“Palmeiras me procurou. Enviou pessoas autorizadas. A única diferença do que foi noticiado é que não teve negociação. O Palmeiras manifestou o interesse através dessas pessoas, e eu respondo o seguinte: vou conversar com a nova direção do Cruzeiro primeiro. Dependendo do que eu conversar com eles, podemos voltar a nos falar. Se eu achar que o Cruzeiro está falando o que eu gosto, não só a questão financeira, aceitaria. Mas o principal é que teríamos um time que brigaria por títulos. O torcedor quer ser campeão. Foi isso que a direção do Cruzeiro me disse, respondi ao Palmeiras e renovei com o Cruzeiro”, afirmou.

Surpresa com Dedé

Uma das questões que Mano precisou administrar no Cruzeiro foi o retorno do zagueiro Dedé. O defensor sofreu lesões nos dois joelhos e teve a sequência bastante prejudicada entre outubro de 2014 e dezembro de 2017, com apenas 12 partidas disputadas nesse período. Ele voltou a jogar em fevereiro deste ano em alto nível, sendo lembrado pelo técnico Tite na lista de suplentes da Copa do Mundo da Rússia e na primeira convocação após o Mundial.

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Para Mano, Dedé surpreendeu a todos no retorno em alto nível.

“Não (esperava). Tinha dúvida, tinha muita dúvida sobre ele jogar nesse nível. Voltar, teve um momento em que tivemos uma apreensão muito grande. Acreditávamos muito, os médicos acreditaram muito, ele teve uma força de vontade extraordinária, mas voltar a ponto de conseguir ir para a Seleção Brasileira, eu não acreditava”, concluiu.

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