Segundo a CBF, "o duelo ainda estava sem local definido, mas não poderá ser disputado no Mineirão por conta do estádio estar cedido ao Comitê Organizador Local da Copa América no período que antecede a Copa América".
Apesar disso, o Cruzeiro poderá mandar o duelo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, em 5 de junho, às 19h15, contra o Fluminense, no Mineirão. A partida contra o Corinthians, no dia 9 de junho, às 19h, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, também será realizada no Gigante da Pampulha.
No contrato firmado com a Minas Arena, o Cruzeiro tem que ser ressarcido pela administradora se o Mineirão não estiver disponível. "Existe uma multa, se não me engano de R$2 milhões ou R$2,5 milhões, mas o assunto está com o jurídico. É um assunto delicado, existem cláusulas de contrato e nosso foco nesse momento, já que a CBF determinou, respeitando a Chapecoense, é fazer um grande jogo no Independência", disse Itair Machado.
O que diz o contrato
O contrato de parceria firmado com a Minas Arena impõe ao Cruzeiro multa de R$ 2,5 milhões caso o clube decida arbitrariamente jogar em outro estádio. Em contrapartida, se a concessionária não disponibilizar o Mineirão para o clube em algum jogo oficial, por conta de shows ou outros eventos, terá que pagar o mesmo valor.
Para a realização da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo, em 2014, essa cláusula foi suspensa automaticamente. Enquanto o Mineirão esteve a serviço da Fifa, nessas duas competições, não havia qualquer aplicação das multas.
CPI do Mineirão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais
O dirigente afirmou que a relação entre a diretoria celeste e a Minas Arena continua ruim. "O Cruzeiro não tem bom relacionamento com a Minas Arena e nem tem intenção de ter", disse.
Itair ainda comentou a abertura da CPI da Minas Arena na Assembleia Legislativa de Minas (clique aqui e leia mais) e voltou a falar sobre o desejo da diretoria de administrar o Mineirão. "É um assunto do nosso jurídico, mas vou responder o que penso. Eu acho que o Cruzeiro não deve se envolver nisso. Temos que focar no futebol. Isso cabe ao governo, aos deputados procurarem o que é certo ou errado e, no final, que seja decidido o melhor para os cofres de Minas Gerais. Não escondemos o grande desejo do Cruzeiro de assumir o Mineirão, que é considerado por todos a Toca 3", frisou.