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Anunciado nas redes sociais, protesto contra diretoria do Cruzeiro fracassa no Independência antes de jogo com Grêmio

Apenas um torcedor levou cartaz pedindo providências à Polícia Civil

postado em 08/09/2019 10:49 / atualizado em 08/09/2019 12:17

<i>(Foto: Renan Damasceno/EM/D. A Press)</i>
Torcedores do Cruzeiro agendaram nas redes sociais um protesto contra a diretoria para este domingo, às 9h30, no Independência, antes do duelo com o Grêmio, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Porém, o movimento fracassou. No horário marcado, apenas um cruzeirense levou um cartaz pedindo providências à Polícia Civil contra a gestão do presidente Wagner Pires de Sá, investigada por supostos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

"Polícia Civil, faça o que o Conselho omisso não fez”, dizia o cartaz, fazendo referência ao Conselho Deliberativo do Cruzeiro.

<i>(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)</i>


Foi só. Entre 9h e 10h, apenas curiosos se posicionaram em frente ao portão do estacionamento do Independência, na Rua Pitangui, onde estava programada a manifestação. Quando o ônibus do clube chegou ao Horto, não houve sequer gritos de protesto contra a diretoria.

<i>(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)</i>


Integrantes de torcidas organizadas chegaram ao estádio sem fazer qualquer menção ao protesto. 

Na internet, torcedores postaram outras fotos com faixas de protesto, mas de pequeno grupo que chegou depois da hora marcada.

<i>(Foto: Reprodução/Twitter)</i>


Durante a semana, a hashtag #ForaDiretoriaCEC chegou a ocupar a quarta posição entre os assuntos mais comentados no Twitter. Imagens que anunciavam o protesto traziam os rostos do presidente Wagner Pires de Sá, do vice de futebol Itair Machado e do diretor-geral Sérgio Nonato.

Entenda o caso

O três dirigentes são investigados pela Polícia Civil por suspeita de falsidade ideológica, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. O Ministério Público de Minas Gerais também analisa documentos do clube.

Em 9 de julho, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro, no Barro Preto; nas casas de Wagner Pires de Sá, de Itair Machado, de  Sérgio Nonato; e nos centros de treinamentos Tocas da Raposa I e II.

Também houve diligências na casa do empresário Cristiano Richard dos Santos Machado, envolvido em negociações com a diretoria celeste, e no galpão da Máfia Azul, torcida organizada ligada ao clube. Houve apreensão de documentos e computadores.

Um dia depois, em 10 de julho, Itair Machado foi afastado do cargo de vice-presidente de futebol do Cruzeiro. A Justiça acatou pedido feito por um grupo de conselheiros e associados baseado em condenações trabalhistas, previdenciárias e criminais contra o vice de futebol, que ferem a Lei Pelé e também o Estatuto do Cruzeiro.

Apesar do afastamento, Itair foi novamente nomeado pelo presidente Wagner Pires de Sá. Desta vez, o mandatário indicou seu homem de confiança para ocupar o cargo de ‘assessor esportivo da presidência’. Na última quarta-feira, porém, o TJMG, em decisão colegiada, resolveu por liberar Itair para voltar ao posto de vice de futebol.

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