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PM arma estratégia para evitar confronto entre organizadas do Cruzeiro no Mineirão

Próximo compromisso do clube celeste em BH é neste sábado, diante do Inter

postado em 02/10/2019 18:04 / atualizado em 02/10/2019 18:09

<i>(Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)</i>
Um confronto entre as torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão, ambas do Cruzeiro, transformou a Esplanada do Mineirão em uma verdadeira praça de guerra ao fim do jogo com o Flamengo, em 21 de setembro, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, Dias depois, houve novo atrito entre alguns integrantes, dessa vez em uma espeteria de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nas redes sociais, membros das duas agremiações trocam ameaças. A Polícia Miltar está atenta para coibir novos conflitos e já montou operação visando ao jogo entre Cruzeiro e Internacional, sábado, às 21h, no Gigante da Pampulha.

“Vamos prender membros de torcidas ou qualquer outro torcedor que está provocando este estresse nos jogos de futebol”, garantiu ao Superesportes e ao Estado de Minas o major Carlos Felipe Oliveira de Souza, subcomandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM).

O Batalhão de Choque, especificamente, está monitorando as redes sociais, fazendo o acompanhamento das torcidas, e estamos nos encontrando com lideranças destas agremiações. No próximo jogo, vamos até mudar a forma de atuação para que tudo ocorra bem”, explicou o major.

Entre as ações previstas está a retirada do estádio de torcedores que estiveram provocando tumulto. No confronto após o jogo entre Cruzeiro e Flamengo, ninguém foi preso. O major garante que, na partida de sábado, a situação será diferente.

“A tropa de choque vai ser distribuída no estádio. Vamos prender membros de torcida ou aqueles torcedores que provocarem o estresse. No sábado, nosso objetivo maior é conduzir os autores”, afirmou Souza.

Por meio de nota, a Minas Arena, responsável pela administração do Mineirão, afirma que atua em parceria com as forças de segurança e que há um sistema de monitoramento por câmeras.

“O Mineirão está atento aos últimos acontecimentos relacionados às torcidas organizadas do Cruzeiro e trabalha sempre em parceria com as forças de segurança para garantir a tranquilidade do torcedor que comparece às partidas. Importante ressaltar que todo o sistema de vigilância do estádio funciona 24 horas por dia e nas partidas de futebol funciona o Complexo de Defesa Social e Justiça Criminal, instalado para auxiliar o Poder Judiciário e tem competência para julgar as causas de menor potencial ofensivo”, informou.

Impunidade

Mesmo os integrantes de torcidas organizadas sendo detidos por diferentes crimes, acabam soltos, o que dificulta o trabalho da prevenção dos confrontos. Nessa terça-feira, integrantes de uma organizada do Cruzeiro invadiram a Toca da Raposa II.

Eles arrombaram o portão lateral do centro de treinamento, soltaram rojões e invadiram o campo para pressionar alguns jogadores pela má fase do time. Cerca de 20 pessoas foram abordadas pela PM, mas não houve conduzidos, pois representantes do clube “dispensaram as providências criminais, tendo em vista que a situação encontrava-se sob controle”, como consta no boletim de ocorrência.

“Na segunda-feira, teve uma agressão a um torcedor do Cruzeiro, sendo que três membros de uma torcida organizada do Atlético foram presos pela PM. Mas a vítima, que seria de uma organizada do Cruzeiro, simplesmente dispensou as providências. Na terça-feira, mesmo com a invasão, o clube dispensou as providências policiais. Então, não tem muito o que possamos fazer”, criticou o major.

A briga entre integrantes de organizadas de Atlético e Cruzeiro aconteceu na segunda-feira em pleno Centro de Belo Horizonte, e foi flagrada por câmeras do Olho Vivo. Um homem de 36 anos, integrante da Máfia Azul, afirmou que desceu do ônibus quando foi surpreendido por três membros da Galoucura, com idades entre 30 e 36 anos.  O trio saiu de um carro e começou a perseguir o torcedor do Cruzeiro. As imagens mostram o homem correndo e sendo agredido por diversas vezes com socos e chutes. Ele chega a entrar em um táxi, mas é alcançado pelos rivais, que continuam as agressões.

De acordo com a PM, os quatro foram detidos e encaminhados para a Delegacia da Polícia Civil. Todos eles já têm fichas criminais por lesão corporal, rixa e vias de fato, ocorrências relacionadas a confrontos entre torcidas organizadas. A Polícia Civil informou que o grupo foi levado para a delegacia de plantão para apuração dos fatos.

O crime pelo qual eles responderiam precisa de representação por parte da vítima para continuar as investigações. Como o homem agredido não manifestou interesse de continuar com a denúncia, todos foram liberados.

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