Em ação de marketing, jogadores do Cruzeiro entraram em campo com camisas sujas de barro no jogo desta terça-feira, diante do Villa Nova, no Mineirão. A iniciativa, de acordo com o clube, tem como objetivo “chamar atenção para os problemas de enchentes vividos por milhares de pessoas nas mais diferentes localidades”.
“Pensamos nesta ação para lembrar o quanto estão sofrendo as famílias que foram impactadas com as enchentes. Queremos cada vez mais colaborar de alguma forma para um mundo melhor (...) O Cruzeiro é da torcida e deve estar cada vez mais próximo dela nessas iniciativas tão importantes”, afirmou Renê Salviano, diretor comercial do Cruzeiro.
O dirigente ainda revelou que as camisas serão doadas para leilões beneficentes após o jogo pela segunda rodada do Campeonato Mineiro “A comissão técnica e os atletas abraçaram esta causa e doarão as camisas para que o Servas possa leiloar e angariar recursos para as famílias”, projetou Renê.
Nesta terça, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) divulgou novo boletim sobre as vítimas da chuva das últimas semanas em Minas Gerais. Segundo o órgão, mais dois óbitos, em Divinópolis (Centro-Oeste) e Luisburgo (Zona da Mata), foram confirmados.
Com isso, o número de mortos pela chuva desde sexta-feira (24) aumentou para 52. No período chuvoso como um todo, isto é, desde outubro, 63 pessoas perderam a vida pela soma entre a força das águas e a falta de infraestrutura das cidades do estado.
Das 52 mortes desde a última semana, 42 foram por soterramento: resultado da sequência de dias com altas quantidades de precipitação, o que amplia o risco de acidentes geológicos. Outras oito pessoas morreram arrastadas pelas águas e duas por afogamento.
O número de afetados pelas precipitações recentes chega a 33.408 pessoas: 28.893 desalojados, 4.397 desabrigados, 65 feridos e uma pessoa desaparecida (em Conselheiro Lafaiete, Região Central), além dos 52 mortos.
A situação caótica que o estado enfrenta com as chuvas forçou o governo de Minas a decretar situação de emergência em 101 municípios. Outras 24 cidades tomaram a mesma medida, porém por conta própria. Mais três localidades – Orizânia (Zona da Mata), Ibirité (Grande BH) e Catas Altas (Central) – decretaram calamidade pública.
Com informações do repórter Gabriel Ronan