

Depois de 14 temporadas, Felipe Massa se despede neste domingo da Fórmula 1. Vice-campeão em 2008 e vítima de um grave acidente no ano seguinte, que quase o tirou das pistas em definitivo, o piloto de 35 anos se aposenta da principal categoria do automobilismo com 11 vitórias, 15 poles e 40 pódios em 249 corridas – segundo brasileiro com mais provas, atrás apenas de Rubens Barrichello, recordista absoluto da categoria, com 324.
Neste domingo, às 11h (de Brasília), Massa larga pela 250ª e última vez, no GP de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, que vai definir o campeão da temporada: Nico Rosberg (367 pontos) ou Lewis Hamilton (355), ambos da Mercedes. O treino classificatório, que define o grid de largada, é hoje, às 11h, no circuito de Yas Marina.
Massa chegou à Fórmula 1 em 2002, contratado pela Sauber, depois de passagens por categorias como Fórmula 3 e 3.000. O anúncio da ida para a Ferrari, onde foi piloto reserva em 2003, foi no fim de 2005, quando foi confirmado como substituto de Rubens Barrichello. Curiosamente, as 11 vitórias de Massa ocorrem em apenas três anos, entre 2006 e 2008, quando foi de coadjuvante a protagonista na Ferrari com a aposentadoria de Michael Schumacher.
Em 2008, foi campeão por 30 segundos, ao vencer GP do Brasil, mas a ultrapassagem de Lewis Hamilton sobre Timo Glock fez o troféu ir para a mão do britânico, que ficou um ponto à frente. No ano seguinte, quando enfrentava dificuldades de acerto no carro, Massa foi atingido por uma peça da Brawn GP de Barrichello, que o tirou do resto da temporada. Ao retornar, em 2010, já não gozava do mesmo prestígio na Ferrari, o que culminou na sua saída da escuderia de Maranello ao fim de 2013.
Na Williams, sua terceira equipe, Massa conquistou cinco de seus últimos 41 pontos. Em setembro deste ano, anunciou que não renovaria com a Williams, dando fim, assim, à sua trajetória na Fórmula 1.
FUTURO INDEFINIDO
Com a aposentadoria de Felipe Massa da categoria e a indefinição quanto à renovação de Felipe Nasr na Sauber, o Brasil corre o risco de ficar sem pilotos na principal categoria do automobilismo mundial pela primeira vez em 46 anos. Desde a estreia de Emerson Fittipaldi na Lotus, em 1970, o Brasil teve ao menos um piloto no grid.Com dificuldades quanto a patrocinador, o brasiliense ainda não foi anunciado para o ano que vem, ao contrário de seu companheiro, Marcus Ericsson, já confirmado pela Sauber. A situação de Nasr é delicada, uma vez que restam apenas três cockpits para 2017: um na Sauber e dois na Manor.

