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DA ARQUIBANCADA

Coelhão quase esfriou o chimarrão

Então, torcedor, domingo é dia de acordar cedo, vestir a camisa do América e ir para o estádio. Combinado?

postado em 29/09/2017 12:00

Daniel Hott/América
Nenhum time ganha todas. Perder faz parte do jogo, mas há derrotas e derrotas. Todas nos entristecem, mas algumas deixam a gente ‘pê’ da vida porque o time não levou o jogo a sério, fez corpo mole ou calçou salto alto, sem mostrar raça nem vontade de vencer. Jogadores descompromissados, frouxidão.

Perder nunca é bom. Porém, embora tristes, há derrotas que nos deixam orgulhosos porque o time do coração jogou futebol coletivo, organizado taticamente, solidário e técnico, com os jogadores suando a camisa e dividindo todas as bolas com os adversários. Jogadores compromissados, firmeza.

A derrota do América para o Internacional foi assim, o time todo jogou muita bola, teve organização tática e se esforçou para vencer. O Beira-Rio tremeu quando Luan fez um golaço e empatou a partida em 1 a 1. E tremeu mais duas vezes quando Luan e Edno quase balançaram de novo as redes coloradas. O Coelhão quase conseguiu jogar água fria no chimarrão do Saci.

Treinador do América desde julho de 2016, Enderson Moreira penou na Série A do ano passado, foi derrotado no Campeonato Mineiro, na Copa da Primeira Liga e na Copa do Brasil. Porém, no Campeonato Brasileiro, conseguiu dar ao time um padrão de jogo de qualidade em todos os setores da equipe, defesa, meio e ataque.

Hoje, com 48 pontos, seis a mais que o Ceará, quinto colocado, o vice-líder América é o clube que menos perdeu na competição, com apenas quatro derrotas em 26 partidas – o líder, Internacional, perdeu cinco jogos. A defesa americana é a menos vazada (18 vezes) e seu ataque é o quarto melhor, com 32 gols. Campanha respeitável que, segundo matemáticos especializados em cálculos futebolísticos, tem tudo para levar o Coelhão de volta à Primeirona em 2018.

É claro que há ajustes a serem feitos para melhorar o desempenho da equipe, mas o padrão de jogo está bem definido pelo treinador e compreendido pelos jogadores. Quanto aos ajustes, creio que os laterais ainda pecam em suas atuações, tanto na marcação quanto no apoio aos atacantes. Questão pontual: erram muitos cruzamentos e desperdiçam jogadas que, se fossem bem feitas, poderiam resultar em passes para gols. Vamos treinar isso aí, laterais!

Neste ano, o meio-de-campo do América rendeu mais quando Christian foi titular ao lado do menino que se mandou para ser reserva em Vespasiano. Enderson Moreira podia começar a testar nos treinos a formação de volantes e armadores com Christian, Zé Ricardo, Ernandes e Renan Oliveira (ou Ruy), com Matheusinho solto à frente para jogar com Luan e Bill (ou Edno). Vai que dá ainda mais certo do que está dando?

Faltam 12 rodadas para o encerramento do campeonato. O América jogará seis partidas em casa e seis fora. A próxima é contra o Oeste, domingo, às 11 horas, no Independência. Mais um jogo decisivo e que vale seis pontos, pois o time paulista tem 41 pontos e sonha em frequentar a região do G-4.

Então, torcedor, domingo é dia de acordar cedo, vestir a camisa do América e ir para o estádio. Combinado?

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