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DA ARQUIBANCADA

Um time à beira do abismo

'Tem algo além dos aviões de carreira sobrevoando os bastidores do Lanna Drumond?'

postado em 12/10/2018 09:05

 Mourão Panda / América

Pelo que representa de baixa qualidade futebolística, diminuição da visibilidade do clube no Brasil e no mundo e perdas financeiras em volume considerável, a Série B é um buraco profundo no qual não vale a pena cair. Infelizmente, é desse abismo medonho que o América está se aproximando. Atualmente, na 13ª posição na classificação, com 32 pontos e oito vitórias, sete clubes estão às suas costas e seis deles mordem seus calcanhares com força: Bahia (31 pontos, 7 vitórias); Vasco (31/7); Chapecoense (31/7); Ceará (30/7); Vitória (29/8); Sport (27/7). Tudo indica que o Paraná, com apenas 17 pontos e três vitórias, já está lá no fundo do precipício, mas ainda restam três vagas negativas para sererm ocupadas por três dos clubes acima, incluído o Coelhão.

Faltam 10 jogos ou 30 pontos a disputar no campeonato. O América precisa somar ao menos 13 para chegar aos 45 e se garantir na Série A para disputá-la em 2019. Para que isso ocorra, levando em conta o padrão de jogo pouco ofensivo e pouco goleador da equipe, eis algumas possibilidades de sucesso: 1) Cinco vitórias = 15 pontos; 2) Quatro vitórias e dois empates = 14 pontos; 3) Quatro vitórias e um empate = 13 pontos; 4) Três vitórias e quatro empates = 13 pontos; 5) Duas vitórias e sete empates = 13 pontos. Sinceramente? Eu me contentaria com cinco vitórias. Sete empates é muito sofrimento para o meu coração de torcedor americano.

Portanto, desde já, fazer gols e vencer é fundamental no domingo, contra o Atlético Mineiro. Embora o mando de campo seja do inquilino, jogaremos em nosso estádio, o querido Independência. Espero que Adilson Batista e os jogadores estejam preparados para enfrentar e superar esse tradicional adversário, primeiro campeão estadual, em 1915. Depois, só deu América por 10 anos seguidos, de 1916 a 1925. Que o espírito do deca-campeonato se faça presente nos corações, cabeças, troncos e membros dos atletas americanos. Coeeeeelho!

Saltou aos olhos e doeu o fraco desempenho do time na derrota para o Atlético-PR. Todos nós, torcedores, nos perguntamos: o que foi aquilo? Que falta de força de vontade foi aquela? O que está acontecendo com o treinador, que antes tinha conseguido montar um sistema defensivo eficiente e agora o Coelhão leva uma goleada dessas? Por onde anda o bom de bola e combativo Christian, que nem no banco de reservas tem sido visto? E o rápido e talentoso atacante Ademir, o Fumacinha, que igualmente nem relacionado foi para o jogo em Curitiba? Tem algo além dos aviões de carreira sobrevoando os bastidores do Lanna Drumond?

O torcedor, que chegou a acreditar que o América pudesse conquistar uma vaga na Sul-Americana, agora tem sido visto ajoelhado em bancos de igrejas e em sua própria casa, pedindo com fervor ao seu orixá e a santos e santas de devoção que empurrem o Coelhão para cima e o afastem da zona de rebaixamento. “Pelo amor de São Jesus Cristinho”, é como ele encerra a oração de todos os dias.

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