Corinthians veta Mano Menezes e busca novidade para substituir Tite

No dia em que anunciou a saída do técnico Tite para a Seleção Brasileira, o presidente Roberto de Andrade avisou que ainda não havia tido tempo para pensar em um substituto. Ressalvou que não gostaria de analisar possíveis candidatos publicamente. Mas não se negou a fazê-lo.

Um deles já tem o veto de Roberto de Andrade. “O Mano Menezes não vem trabalhar comigo. Não gostaria. Não quero. Não tem o perfil de que gosto”, disse o mandatário, que optou pela troca de Mano por Tite quando ainda era candidato a presidente, no ano passado. “Respeito o Mano, mas quero novidade, outras coisas.”

O técnico que despontou como novidade em 2016 foi Fernando Diniz, ex-jogador do Corinthians que implantou uma filosofia ousada no Grêmio Osasco Audax e conquistou recentemente o vice-campeonato paulista. “É um grande nome, não tenham dúvidas. Todo bom treinador interessa. Vamos avaliar. Eu não tenho medo. Se ninguém der oportunidade, quando um jovem será um grande treinador? Nunca”, argumentou Roberto de Andrade.

A diretoria do Corinthians, no entanto, nunca demonstrou empolgação pública com as novidades implantadas por Diniz no futebol brasileiro. O técnico também garante que não tem intenção de deixar o Audax, agora parceiro do Oeste, sob a sua direção.

Há outras possíveis novidades no mercado. Como Eduardo Baptista, da Ponte Preta, filho de Nelsinho Baptista, campeão brasileiro pelo Corinthians em 1990 e rebaixado em 2007. O prata da casa Sylvinho, que trabalhou com Tite no clube do Parque São Jorge e agora é auxiliar de Roberto Mancini no Manchester City, da Inglaterra, também surge como uma alternativa. Menos cotado, Osmar Loss ganhou destaque nas categorias de base corintianas.

Quem já está descartado – além de Mano Menezes – é Fábio Carille. O antigo auxiliar de Tite substituirá interinamente o treinador da Seleção Brasileira na partida contra o Fluminense, na noite desta quinta-feira, em Brasília, porém ainda não conta com a confiança da diretoria para acabar efetivado no cargo. Seria mais provável, nesse caso, um novo técnico chegar do exterior. “Tudo pode. Não é a língua que vai definir. Vamos trazer por competência, não pela língua”, garantiu Roberto de Andrade.

O presidente também poderá apostar em alguém que já entende a sua língua. Ele sempre foi admirador de Oswaldo de Oliveira, campeão mundial pelo Corinthians em 2000 e hoje no Sport. “Simpatizo com um monte de gente. Também com ele. São vários nomes. Ainda não deu tempo de pensar. Estou mastigando a notícia da saída do Tite”, desconversou.

De acordo com Roberto de Andrade, a escolha será tomada em conjunto com a sua cúpula diretiva, que pretende apontar para uma direção o mais rapidamente possível. A intenção é optar por alguém com potencial para ter tanta longevidade no Parque São Jorge quanto Tite.