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Corinthians explica por que desistiu de dormir em Santos após protesto

Delegação precisou voltar para São Paulo de madrugada após ter ônibus cercado por torcedores e não conseguir desembarcar

21/06/2023 12:08 / atualizado em 21/06/2023 12:41
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Jogadores do Corinthians não desembarcaram de ônibus em Santos e voltaram para São Paulo
foto: Reprodução/Twitter

Jogadores do Corinthians não desembarcaram de ônibus em Santos e voltaram para São Paulo

 

O Corinthians emitiu uma nota nesta quarta-feira (21) para explicar as razões que levaram a delegação a tomar a decisão de não descer do ônibus em Santos e voltar para São Paulo de madrugada após recepção hostil por parte da torcida, que protestou contra a fase da equipe. Os jogadores ficaram "presos" por uma hora dentro do veículo antes de retornarem ao CT Joaquim Grava.

 

A ideia do clube era dormir na cidade do litoral para "proporcionar o melhor descanso e alimentação aos atletas antes de entrarem em campo". O time alvinegro enfrenta o Santos nesta quarta, às 20h, na Vila Belmiro. A decisão de voltar para São Paulo foi para "prezar pela segurança de todos - atletas e comissão -, assim como dos verdadeiros torcedores corinthianos, incluindo famílias com crianças presentes no local", segundo a nota.

 

De acordo com o clube, os atletas e a comissão técnica foram ameaçados. Houve rojões, bombas e foguetes, além de batidas na lataria do ônibus. O clube repudiou "manifestações agressivas que colocam em risco a integridade física dos profissionais que representam a instituição".

 

 

 

- O Corinthians vai apurar os fatos e as responsabilidades que geraram insegurança no desembarque da equipe para evitar que cenas lamentáveis como estas se repitam - diz a nota. - Atitudes como estas não condizem com os valores corinthianos - completa.

 

O comunicado também garante que os jogadores estão "focados e preparados" para o clássico de hoje.

Torcedores do Corinthians tiveram conversa no CT na última semana

No último dia 13, membros de uma torcida organizada do Corinthians foram ao CT Joaquim Grava para uma reunião improvisada com Alessandro Nunes, gerente de futebol, e os jogadores Cássio, Fábio Santos e Renato Augusto. 

 

Os profissionais ouviram cobranças por resultados e desempenho; eles reafirmaram o compromisso do elenco em sair da fase complica que a equipe enfrenta. O encontro durou cerca de duas horas e aconteceu no estacionamento do CT. 

 

Esse não foi o primeiro protesto do ano. Em maio, centenas de torcedores foram para a porta do centro de treinamento. Os alvos, à época, eram o presidente Duílio Monteiro Alves e o gerente Alessandro. O técnico Vanderlei Luxemburgo foi ao encontro dos torcedores, deu a mão, os cumprimentou na grade e ouviu cobranças

Por que a torcida do Corinthians protestou?

Os protestos da torcida do Corinthians na noite de terça-feira estão relacionados ao desempenho da equipe. Desde a chegada de Luxemburgo, foram 12 jogos e apenas duas vitórias -- com a eliminação da Libertadores nesse período.

 

No Brasileirão, o clube é primeiro fora da zona de rebaixamento, na 16ª posição, com nove pontos conquistados em dez rodadas. São duas vitórias, três empates e cinco derrotas; um aproveitamento de 30%.

 

Se o alvinegro perder para o Santos nesta quarta, pode entrar no Z-4. 

Leia a nota do Corinthians na íntegra 

O Sport Club Corinthians Paulista repudia a intimidação promovida por um grupo que se diz torcedor do clube, durante a chegada da equipe de futebol profissional masculina em Santos, na noite desta terça-feira (20/6), para o jogo de hoje (21/6), às 20h, contra o Santos, na Vila Belmiro.


O ônibus da delegação foi imediatamente cercado por essas pessoas, que soltaram rojões, bombas e foguetes, bateram na lataria do veículo e ameaçaram os atletas e comissão técnica. Prezando a segurança de todos – atletas, comissão assim como dos verdadeiros torcedores corinthianos, incluindo famílias com crianças presentes no local –, após uma hora aguardando para desembarcar com segurança – o que não foi possível –, o clube decidiu retornar ao CT Dr. Joaquim Grava, comprometendo toda a logística da equipe, que, de praxe, chega no dia anterior ao local da partida para proporcionar o melhor descanso e alimentação aos jogadores antes de entrarem em campo.


O Corinthians vai apurar os fatos e as responsabilidades que geraram a insegurança no desembarque da equipe para evitar que cenas lamentáveis como estas se repitam.


A delegação está bem. Os jogadores estão focados e preparados para o clássico de hoje.


Por fim, o clube repudia quaisquer tipos de manifestações agressivas que coloquem em risco a integridade física dos profissionais que representam a instituição. Atitudes como estas não condizem com os valores corinthianos. 


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