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Rivais mineiros ganham visibilidade e dinheiro com exposição nos videogames

postado em 19/07/2011 17:25 / atualizado em 19/07/2011 17:21

Reprodução do Fifa 11

A evolução dos jogos de futebol virtual possibilitou, ao longo dos anos, a inclusão de um maior número de ligas e clubes nas suas versões. Quem joga a série Fifa, por exemplo, já se acostumou a disputar o superclássico Mineiro entre Atlético e Cruzeiro desde o fim dos anos 90 nos gramados dos videogames ou computador. A exposição dos rivais mineiros não significa apenas entretenimento para os torcedores. Ainda rende benefícios contabilizados financeiramente e visibilidade mundial para os clubes. De quebra, os patrocinadores das equipes também saem ganhando.

“Você tem uma exposição extra para os patrocinadores à medida que o licenciamento é feito com o uniforme atual do clube e isso dá divulgação para as marcas. Tem também a exposição da instituição, o fortalecimento do nome do clube fora do Brasil, em países distantes”, afirma Marcone Barbosa, diretor de marketing do Cruzeiro, ao Superesportes.

“A exposição oferecida pelos jogos é muito interessante, pois circula a marca do clube no mundo todo e em diversas plataformas de jogos eletrônicos. Isto acontece não somente no módulo convencional do jogo, mas também nas diversas modalidades on-line, que misturam a experiência do game com o contexto de redes sociais. Outro aspecto interessante da parceria é que o jogo respeita o uniforme do time como ele é, gerando exposição também para os patrocinadores do clube”, completa o Atlético por meio da assessoria de comunicação.

Reprodução do PES 2011
Os contratos são feitos diretamente entre os clubes e a Eletronic Arts, empresa responsável pelo Fifa. A duração é, em média, de três a cinco anos. Atlético e Cruzeiro afirmam que o valor é satisfatório e não apenas simbólico, mas não podem revelar a quantia recebida por uma cláusula de confidencialidade.

Diferentemente do acordo feito com a Panini, editora de álbuns de figurinhas – que prevê participação nos lucros de acordo com o número de pacotes de figurinhas vendidos –, os contratos com os jogos virtuais são fechados. Isso quer dizer que o valor independe de qualquer outro fator externo, como número de venda, exposição dentro e fora do jogo, etc.

Atualmente, o Fifa 11, da Eletronic Arts, e o Pro Evolution Soccer 2011, da Konami, são os líderes de venda entre os jogos de futebol. As duas franquias rivalizam, ano a ano, em busca da preferência dos jogadores virtuais. No Fifa, existe a possibilidade de jogar com os 20 clubes brasileiros da Série A.

No PES 2011 é diferente. O título, produzido no Japão, tem, desde a sua atual versão, a licença da Copa Libertadores. Desta forma, consegue os direitos de imagem de todos os times que disputam a competição, segundo contrato formalizado com a Conmebol. O Cruzeiro está no PES 2011 e marcará presença também no PES 2012, já que disputou a Libertadores deste ano.

A equipe celeste ainda negocia com a Konami um contrato independente da Copa Libertadores para que o clube possa ser utilizado, dentro do jogo, em outros modos que não seja a competição Sul-Americana. Além de ganhar em exposição, vai ganhar dinheiro, já que atualmente a Conmebol fica com toda a verba paga pela Libertadores.

O Atlético não recebeu nenhum contato recente da Konami para que o clube entre nas futuras séries do Pro Evolution Soccer.

Já estão sendo produzidas as versões 2012 do Fifa e do Pro Evolution Soccer. As datas de lançamento para o Brasil ainda não foram confirmadas. Mas eles devem ocorrer entre outubro e novembro.

Evolução publicitária

A relação dos clubes com os jogos virtuais podem ganhar novos contornos com maior participação dos departamentos de marketing buscando benefícios para os dois lados. Um exemplo acaba de ocorrer com o Manchester City, da Inglaterra.

Reprodução do Fifa 11
Depois de usar o cantor Liam Gallagher, ex-Oasis, para lançar o uniforme para a próxima temporada inglesa, os Citizens inovaram e, em parceria com a Eletronic Arts, lançaram um vídeo em seu site oficial com imagens do Fifa 12, que ainda será lançado, com o novo uniforme. E não parou por aí: o vídeo foi ambientado no Etihad Stadium, do Manchester City, que deve ser novidade na nova versão do jogo.

América no Fifa

No Fifa 11, os times brasileiros que não disputam a Série A com maior frequência não têm uniforme e escudo licenciados. O Ceará, por exemplo, se chama C. Nordeste e, apesar de usar as cores preta e branca, ostenta um escudo genérico. O mesmo ocorre com o Atlético-GO, chamado de A. Goiânia. Os jogadores, entretanto, têm o visual, nome e características semelhantes aos reais.

A má notícia para a torcida do América é que o Fifa 12 deve seguir a regra. Contatado pela reportagem do Superesportes, o departamento de marketing do clube afirmou não ter sido procurado pela Eletronic Arts. Como o título está em fase final de produção, próximo do lançamento, é possível que o Coelho apareça, mas sem uniforme, patrocinadores e escudos fiéis. Os jogadores, contudo, devem estar corretos.

 

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