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Com passagem de 4 anos por adversário do Cruzeiro nos EUA, Zinho "disseca" clube

Campeão brasileiro pelo time celeste em 2003, ex-meia foi jogador e treinador do Miami FC, que contou também com Romário. Clube mudou nome e agora é o Strikers

postado em 15/06/2013 11:39 / atualizado em 15/06/2013 14:33

REUTERS/Marc Serota
Adversário do Cruzeiro nos Estados Unidos, o Fort Lauderdale Strikers se assemelha a clubes brasileiros como Boa Esporte e Grêmio Barueri, que já estiveram sediados em outras cidades e adotaram novo nome. Entre 2006 e 2011, o time da Flórida se chamava Miami FC e chegou a contar em seu elenco com os campeões mundiais de 1994 Zinho e Romário.

O ex-atacante e atual deputado federal teve passagem de seis meses pela equipe norte-americana, antes de se transferir para o Adelaide United, da Austrália. Zinho, entretanto, criou laços mais fortes com o Miami FC. O ex-meia, que foi campeão brasileiro pelo Cruzeiro em 2003, permaneceu nos Estados Unidos por quatro anos. Lá, também foi treinador. Em entrevista ao Superesportes, ele analisou o adversário cruzeirense e destacou a expectativa de estádio cheio para receber o time celeste.

Experiência nos Estados Unidos

Reuters
O Miami FC foi fundado pela Traffic Sports, do conhecido empresário no futebol brasileiro J. Hawilla. Foi através da empresa que Zinho chegou aos Estados Unidos. “Estava no Flamengo e resolvi parar de jogar em 2005. Hoje, tenho um clube e sou sócio-fundador do Nova Iguaçu, que está na Série D do Campeonato Brasileiro. Pelo Nova Iguaçu, joguei para tentar levar o time à Primeira Divisão do Rio. Jogando ali, o pessoal da Traffic me disse que montaria um time nos Estados Unidos e me convidou. Fui chamado para que eu fosse um exemplo para os outros jogadores, que são amadores. Queria morar em Miami, fui com projeto de ficar só um ano e fiquei quatro”, explicou.

Naquela mesma temporada, Romário foi anunciado pelo Miami FC. Segundo números do antigo camisa 11 da Seleção Brasileira, foram 29 jogos disputados pelo clube da Flórida e 22 gols marcados. Entretanto, o clube não conseguiu avançar até à fase final da USL (United Soccer League), liga secundária no futebol norte-americano, que tem a MLS (Major League Soccer) como principal competição.

“Ele teve um problema no Vasco e o pessoal, para divulgar o clube, levou o Romário. Ele foi um marketing bom para o clube e, com ele, jogamos também na Austrália”, relembrou Zinho, que defendeu o clube entre 2006 e 2007. Entre 2009 e 2010, o ex-meia foi o treinador do Miami FC.

“Foi um momento legal da minha vida. Tecnicamente nem tanto, mas foi importante para minha família. Na fase de transição da minha carreira também foi importante. Lá, como treinador, você faz tudo e organiza a montagem de elenco. Isso foi bom para mim”, comentou Zinho. “Como o futebol era bem amador, não tinha como evoluir e o time não iria para a MLS (principal liga dos EUA), resolvi retornar”, acrescentou.

Mudança de nome e cidade

O Miami FC mudou de cidade, alterou as cores e adotou um novo nome em 2011. A equipe se mudou para Fort Lauderdale, onde passou a disputar a NASL (North American Soccer League), outra liga intermediária dos Estados Unidos, além de receber o nome de Fort Lauderdale Strikers.

“Mudou tudo, inclusive as cores, que eram azul e branco e agora são vermelho e amarelo. O nome também não é o mesmo e agora o clube fica em outra cidade. O presidente é outro, mas os acionistas são os mesmos, o pessoal da Traffic. Mudou bastante, inclusive a liga. No Miami FC, disputávamos a USL (United Soccer League). A Traffic é dona de parte da liga que disputam atualmente”, observou Zinho.

O tetracampeão mundial ressaltou que o clube não pode ser considerado profissional. “Esse time joga numa liga intermediária. É um time de jogadores amadores, que têm piso salarial baixo. São jogadores que não são top dos Estados Unidos e disputam uma liga abaixo da MLS”, ressaltou.

Para Zinho, a partida amistosa contra o Strikers, em 23 de junho, será útil à intertemporada do Cruzeiro. “O clube lá é numa cidade que o clima estará muito bom. E os torcedores poderão ver de perto o Cruzeiro. O estádio é bom, bem aconchegante. Não é o principal, que é mais usado para futebol americano, mas cabe entre 16 e 20 mil pessoas e o gramado é bom. Acho que vai ter bom público, porque a região que tem muitos brasileiro e vários cruzeirenses”, disse.