
Uma noite para a torcida cruzeirense esquecer. O Cruzeiro não conseguiu jogar na Argentina e foi facilmente envolvido pelo Huracán, nesta terça-feira. O placar de 3 a 1 para o time da casa refletiu bem o que foi a partida: um Cruzeiro totalmente sem criatividade. Tanto que o gol de honra celeste só foi marcado de pênalti, por Leandro Damião.
Com a derrota, o time de Marcelo Oliveira perdeu a liderança do grupo 3 para o Universitario, que bateu o Mineros por 2 a 0, em Sucre. Pior do que isso, a vaga nas oitavas de final ficou ameaçada.
Se quiser se classificar sem depender de nenhum outro resultado, o Cruzeiro precisará vencer o Universitario na terça-feira da semana que vem. Se empatar ou perder, a Raposa precisará torcer para o Huracán não vencer o já eliminado Mineros.
Antes disso, o clube celeste terá outra decisão, no domingo, às 16h, contra o Atlético, pela semifinal do Campeonato Mineiro. Como fez melhor campanha, o Cruzeiro precisa de um empate contra o Galo para avançar à grande decisão.
O jogo
Sem Alisson, vetado, o técnico Marcelo Oliveira optou por escalar um time com três volantes. Willian Farias, Willians e Henrique compuseram o meio de marcação. Não funcionou. O Cruzeiro entrou em campo perdido e sem criatividade.
Não demorou muito para ser surpreendido pelo Huracán. Aos 14 minutos, Lucas Villarruel ganhou de Damião com falta não marcada pelo árbitro e lançou Ramón Ábila. O centroavante, em posição de impedimento, abriu o placar: 1 a 0.
Saiba mais
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O primeiro lance de relativo perigo do Cruzeiro só veio aos 16 minutos, mas em um chute de fora da área de Willian. No rebote, De Arrascaeta tocou fraco e perdeu a chance de marcar.
O castigo veio aos 25. Puch passou fácil pela marcação de Paulo André e tocou no meio da área para Ábila marcar seu segundo gol na partida: 2 a 0. Depois do golpe, o Cruzeiro procurou mais o jogo, mas seguiu esbarrando na falta de criatividade. O lance de mais perigo da Raposa ocorreu aos 35 minutos. Leandro Damião desviou cruzamento de cabeça, o goleiro deu rebote, mas Mena arrematou para fora.
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com Gabriel Xavier no lugar de Willians. A intenção de Marcelo Oliveira foi boa, mas já era tarde para o jovem armador “salvar” o clube celeste. Isso porque o Huracán já marcava intensamente e dificultava a vida dos cruzeirenses.
A chance celeste veio aos 14 minutos. Leandro Damião sofreu pênalti e cobrou no meio do gol para diminuir a desvantagem: 2 a 1. Esperançosa no empate, a torcida do Cruzeiro sofreu um balde de água fria três minutos depois. Em cobrança de falta, a zaga estrelada viu Mancinelli entrar sozinho na entrada da pequena área para marcar o terceiro e dar números finais ao jogo: 3 a 1.
HURACÁN 3 X 1 CRUZEIRO
Huracán
Díaz; Mancinelli, Hugo Nervo, Eduardo Dominguez e Luciano Balbi; Lucas Villarruel, Federico Vismara; Edson Puch (Torassa), Patrício Toranzo (Gallegos) e Alejandro Romero Gamarra (Fabianesi); Ramón Ábila.
Técnico: Néstor Apuzzo
Cruzeiro
Fábio; Mayke, Leo, Paulo André e Mena (Pará); Willian Farias, Willians (Gabriel Xavier), Henrique e De Arrascaeta; Willian (Riascos) e Leandro Damião
Técnico: Marcelo Oliveira
Gols: Ramón Ábila aos 14’ e aos 25’ do primeiro tempo; Leandro Damião aos 14’ do segundo tempo, Mancinelli aos 17’
Cartões amarelos: Díaz, Dominguez (Huracán); Willian Farias, Paulo André, Henrique (Cruzeiro)
Motivo: fase de grupos da Libertadores 2015
Data: 14 de abril, terça-feira, às 19h
Local: Estádio El Palacio, em Buenos Aires-ARG
Árbitro: Patricio Polic (CHI)
Assistentes: Carlos Astroza e Raúl Orellana