Sorín encerrou a carreira em 2009 e viveu os últimos capítulos da vida profissional como jogador do Cruzeiro. Na despedida, ele anunciou que se tornou torcedor do time celeste. Porém, a ligação do ex-lateral com o River Plate também é simbólica, tanto que o encontro entre os clubes pelas quartas de final da Copa Libertadores deixou o argentino balançado.
“É um privilégio que o futebol está me dando. Na verdade, estou com o coração dividido. Eu viajei com torcedores do Cruzeiro e tirei fotos, a mesma coisa com torcedores do River. É um grande clássico de campeões das Américas. É para ver se o River vai voltar a ser aquele que ganhou a Sul-Americana, com um nível alto de futebol internacional e jogo vistoso. Em 2015 ainda não foi assim. O Cruzeiro fez o melhor jogo contra o São Paulo, não havia ido bem no Morumbi e mudou seu perfil de jogo para passar”, disse no programa Bate-Bola, da ESPN.
Saiba mais
O ex-jogador está a trabalho na Argentina para acompanhar a partida entre os hermanos e os brasileiros, nesta quinta-feira, às 22h. Nesta noite, ele esteve no Monumental de Núñez para ver como está o ambiente das equipes e comentou o que espera do jogo no estádio do River, onde se acostumou a jogar entre os anos de 1996 e 2000.
“Nada de tranquilo para amanhã. O Monumental é um estádio com muita história e uma torcida que apoia e feliz com o River campeão depois de sete anos (Copa Sul-Americana de 2014) e feliz pelas quartas de final da Libertadores. A torcida sofreu com o rebaixamento no passado. Momentos que não eram o perfil do River, de paladar fino. Muito parecido com o Cruzeiro. Tem essa semelhança entre eles. Se tinha que fazer uma partida ruim, já fez. O Cruzeiro perdeu em velocidade, concentração e recomposição diante do Santos. O Cruzeiro está devendo fora de casa e tem uma oportunidade de compensar isso amanhã (quinta)”, completou.
Juan Pablo Sorín disputou 126 jogos com a camisa do Cruzeiro e marcou 18 gols. O argentino decidiu pendurar as chuteiras em 2009, aos 33 anos, em sua terceira passagem pela Toca da Raposa. O melhor momento do ex-lateral em Belo Horizonte foi na Copa Sul-Minas, em 2002. Ele marcou o gol do título na vitória sobre o Atlético-PR. Pelo Cruzeiro, ele ainda ganhou a Copa do Brasil de 2000 e dois Campeonatos Mineiros. Já no River as conquistas passaram pela Libertadores, Supercopa e três Campeonatos Argentinos.
