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Cruzeirenses invadem Buenos Aires e confiam em grande resultado contra River no Monumental

Torcida exibe, com orgulho, a camisa celeste nas ruas da capital argentina

postado em 21/05/2015 08:00 / atualizado em 20/05/2015 17:38

Gilmar Laignier/EM/D. A Press


Gilmar Laignier

Enviado especial a Buenos Aires

Gilmar Laignier/EM/D. A Press
Se fosse possível escolher uma “capital da Copa Libertadores”, essa cidade provavelmente seria Buenos Aires. Os torcedores dos clubes locais têm obsessão pelo torneio. Não por acaso, os argentinos são os maiores vencedores, com 23 títulos, a maioria deles conquistados por clubes da grande Buenos Aires ou de cidades próximas. Nesta semana, mais do que nunca, a capital argentina respira Libertadores.

Muitos torcedores do Cruzeiro que chegaram à cidade para curtir o duelo decisivo desta quinta-feira já desfilavam pelas ruas com a camisa do clube. O administrador Júlio Mafra, de 40 anos, foi a quatro dos cinco jogos da Raposa fora de casa nesta Libertadores e já está acostumado a exibir sua paixão pelo Cruzeiro em outros países. “Fui ao jogo contra o Huracán, o Sucre, e o São Paulo, além deste contra o River”, conta Mafra. No ano passado, ele compareceu a nada menos que 15 partidas da equipe estrelada fora de Belo Horizonte. “Foram quatro pela Libertadores e 11 pelo Brasileiro”, revela.

Gilmar Laignier/EM/D. A Press
Muito animado, um grupo de sete amigos cruzeirenses chamava a atenção em um restaurante da região central da cidade. “Vamos aproveitar para passear pela cidade. Alguns precisam ir embora na sexta-feira, mas outros ficarão até o domingo”, conta o servidor público Evandro Fonseca, de 44 anos. Otimistas, seus amigos apostavam em placares amplamente positivos para o Cruzeiro. “Vai ser 2 a 0”, arrisca o secretário Renê Marcel, de 26 anos. “Acho que ficará 2 a 1”, completa o amigo Matheus Freitas, estudante de 24 anos. "Vai ser 1 a 0 com gol do Damião", crava o comerciante Ramon Lapinha.

Curiosamente, ao caminhar pelas ruas do centro de Buenos Aires, a reportagem encontrou mais torcedores com a camisa do Cruzeiro do que com o uniforme do River. Mas a advogada Elsa Gómez, de 54 anos, torcedora dos Millonarios, disse que está empolgada com o time . “Passei a torcer ainda mais por causa do meu filho, que é um fanático”, explica, mostrando no celular a foto do garoto uniformizado. Um dos poucos a ser visto na rua com a camisa ‘millonaria’, o vendedor Sergio Juarez aposta em massacre argentino em Núñez. “Vai ser 3 a 0 sobre o Cruzeiro”.

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Embora pouco vista nas ruas, as camisas do River passaram a ser mais procuradas nas lojas nas últimas semanas. É o que garante a vendedora Funes Macarena. “Houve um aumento de cerca de 60% na procura, desde o superclássico nas últimas semanas”, explica a comerciante, que é torcedora do Boca. “Fiquei chateada com a eliminação do Boca. Os jogadores não têm culpa do que ocorreu e muito menos o restante da torcida. Agora, só nos resta torcer pelo Cruzeiro”,

A eliminação polêmica do Boca para o rival River, aliás, ainda é assunto nas ruas da cidade. Os torcedores xeneizes se dividem ao contestar a exclusão do time. O estudante Bautista Irigoyen, ao entrar na loja de artigos esportivos e ouvir a entrevista da vendedora, completou: “Eu estava lá na Bombonera, a festa estava linda. Concordo que deveria haver multa ao Boca, mas deveria haver o restante da partida. Nós, torcedores, não podemos ser prejudicados por causa de alguns poucos”, lamenta.

O estudante Sergio Medrano, que também é torcedor do Boca, discorda dos ‘colegas’ de torcida. “Foi correta a punição, infelizmente, o Boca errou demais”, analisa. O taxista xeneize Roberto González endossa esse discurso. “Foi justa a exclusão, é uma pena, porque acho que este ano tínhamos time para ganhar a Libertadores”.

Gilmar Laignier/EM/D. A Press

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