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Organizada do Cruzeiro protesta no Mineirão por morte de torcedor ainda não esclarecida

Eros Dátilo Belisário, de 37 anos, morreu no estádio durante Cruzeiro x Grêmio

postado em 06/11/2016 16:53 / atualizado em 06/11/2016 17:07


Integrantes da torcida Pavilhão Independente, do Cruzeiro, organizaram um protesto neste domingo, no Mineirão, antes da partida com o Fluminense, para cobrar esclarecimentos pela morte do torcedor Eros Dátilo Belisário, de 37 anos, ocorrida durante a partida contra o Grêmio, pela semifinal da Copa do Brasil, em 26 de outubro.

O torcedor passou mal logo após uma abordagem de seguranças de uma empresa contratada pela Minas Arena, concessionária responsável pelo Mineirão, durante a partida. De acordo com a Polícia Militar (PM), um dos seguranças que trabalhavam na hora do jogo disse que tentou impedir que dois torcedores mudassem de setor no estádio.

Durante a abordagem, segundo a ocorrência, o torcedor foi mobilizado pelo segurança e começou a passar mal. Ele foi levado para o atendimento médico do Mineirão. E depois, acabou transferido para o Hospital Odilon Behrens, mas já deu entrada na unidade de saúde sem vida. No relato gerado pela Polícia Militar, testemunhas contaram que o torcedor havia sido agredido e levado para o interior de uma sala e saiu de lá desacordado, depois de passar cerca de cinco minutos lá dentro, com dois seguranças.

A Polícia Civil está investigando o caso e já adiantou que foram encontrados sinais de traumas no corpo de Eros, mas que não justificam o óbito. Por isso, exames mais detalhados serão concluídos até o fim deste mês.

No protesto deste domingo, os torcedores levaram cartazes com os dizeres "não foi infarto", "justiça" e "torcedor organizado não é vagabundo". A torcida Pavilhão confeccionou 100 camisetas com a foto do Eros.

Segundo André Henrique, um dos diretores da organizada, a torcida assistirá ao jogo sentada, em protesto. "Eles falam que torcedor é vagabundo, mas não é assim. O Eros era pai de família, deixou a esposa grávida. Por isso, estamos cobrando respostas".

"Estamos esperando o laudo, que sai em 15 dias, e vamos continuar contando. Não me lembro de ver uma morte dentro do Mineirão e não estão dando a atenção necessária", cobrou Luan Borges, de 27 anos, também integrante da organizada.

Durante o jogo, a organizada também afixou faixas de protesto no estádio.

Renan Damasceno/Superesportes

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