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Scuro fala em 'legado', explica pedido de demissão e comemora 'portas abertas' no Cruzeiro

Em entrevista, diretor de futebol disse que exercerá cargo até este sábado

postado em 13/12/2016 17:16 / atualizado em 13/12/2016 17:54

Leandro Couri/EM
A tarde desta terça-feira foi movimentada no Cruzeiro. Além das entrevistas de Bruno Vicintin e Dedé, foi momento de Thiago Scuro falar com a imprensa na Toca da Raposa II. O diretor de futebol respondeu perguntas e explicou o motivo da saída do clube, noticiada nesse sábado pelo Superesportes.

“Nos últimos meses, vinha refletindo questões conceituais, de onde eu vim, se esse é o caminho. Quando um profissional abre mão de um emprego como esse, é porque algo não foi satisfatório. Não acho legal abrir isso externamente. É uma decisão profissional por entender que onde quero estar em alguns anos o caminho pode ser outro”, disse.

Nos bastidores, sabe-se que um dos motivos levados em consideração por Thiago Scuro para a decisão de deixar o Cruzeiro foi a falta de autonomia para tomar certas decisões. Apesar de o pedido de demissão ter sido feito há algumas semanas, o diretor disse que ainda não negociou com outros clubes.

“Não abri negociação com ninguém. Não faz parte da minha índole de trabalhar aqui no Cruzeiro e negociar com outra equipe. A partir da semana que vem estarei à disposição de conversar com outros clubes e fazer o que é melhor para minha carreira”, disse.

Scuro permanecerá no cargo até este sábado. Ele auxiliou o clube em algumas das negociações feitas até aqui para a temporada 2017. A última delas foi a renovação do contrato do zagueiro Dedé, anunciada também nesta terça-feira.

“As situações já noticiadas estão concluídas. O último ato, da renovação do Dedé, foi hoje. Agora está sendo período de passar o andamento para outras pessoas e deixar tudo de forma organizada para quem estiver no meu lugar. É nesse sentido que estarei dedicado até o sábado”, afirmou Scuro.

O diretor aproveitou também para agradecer ao Cruzeiro e falar em “legado”. Ele assumiu o clube em 24 de setembro de 2015.

“O diretor executivo tem papel menos decisivo no futebol do que imprensa e senso comum pensam. Fica um legado de alguns processos, de alguns departamentos que não existiam. Acho que o saldo é positivo tanto para mim, quanto para o Cruzeiro. Queria agradecer ao presidente Gilvan (de Pinho Tavares) e ao Bruno (Vicintin) pela oportunidade de estar aqui. Não é uma ruptura com briga e nem desavenças. Encerro esse ciclo satisfeito por ouvir do Bruno que as portas estão abertas”, completou.

Substituto

O Cruzeiro trabalha nos bastidores para anunciar o quanto antes o novo diretor de futebol do clube. Atualmente no Palmeiras, Alexandre Mattos foi contatado por Bruno Vicintin, vice-presidente do clube mineiro.

“É um mercado escasso. Desde ontem (segunda-feira), tem muitas especulações. Procurei o Alexandre Mattos, mas ele já havia se comprometido com o Palmeiras”, admitiu Vicintin.

O vice-presidente, no entanto, despistou sobre os nomes cogitados pela diretoria. Anderson Barros, do Vitória, foi procurado pelo clube. O nome que ganhou força nos últimos dias foi o de Erasmo Damiani, coordenador das categorias de base da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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