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Ex-goleiros do Cruzeiro opinam sobre a disputa entre Fábio e Rafael na meta celeste

Técnico Mano Menezes terá que decidir o titular entre os dois ótimos goleiros

postado em 14/03/2017 08:34 / atualizado em 14/03/2017 15:55

EM DA PRESS
No dia seguinte ao goleiro Rafael ser um dos responsáveis diretos pela vitória por 1 a 0 do Cruzeiro sobre o América, Fábio realizou seu primeiro jogo-treino, nessa segunda-feira, em mais uma etapa da recuperação da cirurgia no joelho direito. Os momentos dos goleiros mostram que o clube está bem servido nessa e em outras posições e que o técnico Mano Menezes tem toda a tranquilidade para escolher quem escalar, principalmente em um momento em que há muito desgaste pelas partidas seguidas por Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Primeira Liga.

O Estado de Minas / Superesportes ouviu a opinião de dois ex-goleiros do Cruzeiro sobre a disputa na meta celeste. Vítor Braga, vice-campeão brasileiro com a Raposa em 1974, e Paulo César Borges, bicampeão da Supercopa (1991 e 1992) e vencedor da Copa do Brasil de 1993, têm visões distintas sobre o assunto.

Você acha que Rafael deve continuar como titular depois do retorno de Fábio?

SIM: “O Cruzeiro conta com dois goleiros excepcionais, está bem servido com qualquer um deles. Mas, se sou o Mano Menezes, manteria o Rafael como titular. Ele tem tido uma postura irrepreensível, tanto dentro quanto fora de campo. Trata-se de um profissional que é melhor comunicador com a zaga, joga mais com a equipe. Já o Fábio faz o dele muito benfeito, tem poder de ação e reação incrível, mas é um pouco mais retraído. Além disso, construiu uma escola muito boa e o Rafael soube tirar proveito dela. Eu não aceitava muito a reserva, brigava. O Rafael, não. Soube esperar o momento dele, foi companheiro. Por tudo isso, merece continuar. E o Fábio, que é ídolo, precisará ter a grandeza de aceitar a decisão caso fique na reserva”
Vítor Braga, 63 anos, foi goleiro do Cruzeiro entre 1971 e 1978 e 1981 e 1985


NÃO: “São dois grandes goleiros, mas o Fábio tem de voltar a ser titular. Ele tem história no Cruzeiro, é respeitado por todos, a torcida gosta dele, é um ídolo do clube. Ele sempre correspondeu quando exigido, só saiu do time por contusão, não por deficiência técnica. Então, estando recuperado, tem de reassumir a posição. Não que o Rafael não seja bom, que não esteja correspondendo. Ao contrário, tenho acompanhado e sei que ele está bem. Mas o Fábio é o dono da posição e tem de voltar. Foi assim, por exemplo, com o Fernando Prass no Palmeiras. O Jaílton foi campeão brasileiro no ano passado, mas, agora, deu lugar ao titular, que também passou por cirurgia”
Paulo César Borges, 57 anos, foi goleiro do Cruzeiro de 1989 a 1993 e em 1998/1999