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Sérgio Santos Rodrigues deixa a superintendência de futebol do Cruzeiro

Gota d'água para saída foi divulgação de manifesto contrário a mudanças no estatuto do clube, defendido por parte da diretoria celeste

postado em 22/03/2017 15:25 / atualizado em 22/03/2017 21:24

Reprodução/Youtube
Sérgio Santos Rodrigues não é mais superintendente de futebol do Cruzeiro. A saída foi definida na manhã desta quarta-feira, durante reunião com o presidente Gilvan de Pinho Tavares e o vice José Francisco Lemos Filho.

Rodrigues procurou o presidente para solicitar o desligamento, de acordo com a assessoria do clube.

"O Cruzeiro Esporte Clube esclarece que, na manhã desta quarta-feira, o Superintendente de Futebol Profissional, Sérgio Santos Rodrigues, procurou o Presidente do Clube, Dr. Gilvan de Pinho Tavares, e o primeiro Vice-Presidente, Dr. José Francisco Lemos Filho, e entregou o seu cargo, alegando motivos particulares", disse a nota publicada pelo Cruzeiro.

Entre as razões que geraram a cisão está o fato de Sérgio Rodrigues ter declarado apoio a Zezé Perrella no pleito que definirá o presidente do Cruzeiro no próximo triênio. A gota d’água, entretanto, foi um manifesto divulgado nessa segunda-feira pelo então superintendente e publicado pelo Superesportes com exclusividade (leia).

O texto do manifesto, que contou com as assinaturas de outros 16 conselheiros da área jurídica, é contrário à modificação do estatuto do clube. A mudança, se aprovada, permitiria a candidatura, por exemplo, do vice de futebol Bruno Vicintin à presidência do Cruzeiro no final deste ano.

O clima na diretoria do clube ‘pesou’ ainda mais após as manifestações públicas de Sérgio Rodrigues. Conselheiros pressionavam Gilvan de Pinho Tavares pelo afastamento do então superintendente - uma vez que o apoio a Zezé Perrella contrariava os interesses do próprio presidente, que tem em Vicintin o preferido para a sucessão.

“Ele [Sérgio Rodrigues] não estava tranquilo com o pessoal dele, não estava se sentindo à vontade. Pediu para sair, e nós entendemos”, diz José Francisco Lemos Filho em contato com o Superesportes. Questionado se a divulgação do manifesto influenciou a relação com o então superintendente, o vice negou: "A mim e ao Gilvan, não. Pode ter pesado para ele [Sérgio] e o pessoal", completa.

O movimento de pressão começou antes mesmo da divulgação do manifesto. Na última semana, a confraria celeste, encontro que reúne conselheiros e dirigentes do Cruzeiro, ficou marcada pela cobrança feita a Gilvan.

Apesar dos pedidos pela saída do então superintendente, foi o próprio Sérgio Rodrigues quem procurou o presidente para solicitar o desligamento. "O meu posicionamento é o mesmo informado pelo clube: deixei o cargo por razões particulares", disse Sérgio à reportagem.

O saída do dirigente foi revelada inicialmente pelo conselheiro Anísio Ciscotto no Twitter. Ele escreveu: “Recebi agora que Sérgio Rodrigues não é mais Superintendente de Futebol. Um pena”. A informação foi confirmada momentos depois pelo clube. A princípio, o cargo ficará vago.

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