O ponto alto da coletiva foi quando o técnico disse que vê nascer um novo Cruzeiro para o restante da temporada, um time mais maduro e pronto para se reinventar durante os 90 minutos. Mano também falou sobre a tática de utilizar o meia-atacante Alisson no segundo tempo e elogiou o atacante Ramón Ábila, grande nome do jogo.
“A gente foi melhor que o adversário. O Cruzeiro trocou mais de 500 passes e se impôs. E dá uma ideia da superioridade sobre o adversário, que trocou 70 passes. A escolha do Rafael (Marques) foi porque a gente estava acelerando muito antes da hora. A entrada de um jogador diferente foi para armar melhor. E, no segundo tempo, a gente precisava do lance individual. Passou a tensão inicial e nós tínhamos que correr, atacar e trabalhar correndo o menor risco possível. A gente está de parabéns. E o Ábila também está de parabéns, porque foi o jogador que botou a bola para dentro. E encerramos uma semana difícil, encerramos bem”, disse.
Na sequência, Mano falou sobre a pressão no Cruzeiro. “A gente está calejado, tem uma boa rodagem para saber conviver com esses dias mais difíceis. Estava dizendo aos jogadores que completei hoje 55 anos. E, antes do jogo, estava fazendo um cálculo de quantos dias assim eu já passei nestes 55 anos. Acho que é uma boa hora para você olhar para trás, saber o que fez, como se comportou, a tranquilidade que você pode passar para os jogadores. E também vou poder comemorar com meus familiares hoje à noite, porque se o resultado não viesse, nem isso teria direito”., disse.
“Vocês (jornalistas) estão se comportando muito mal e não serão convidados”, brincou o treinador.
Mano também analisou o comportamento dos jogadores neste momento de crise e crê em um Cruzeiro diferente. “O Campeonato Brasileiro é muito difícil por isso. Você tem o Corinthians e o Grêmio pela frente. Nós iniciamos muito bem. Na sequência, a gente perdeu um jogo que não imaginávamos perder para a Chapecoense e perdemos jogando bem um jogo fora (contra o Bahia), com um jogador a menos. Mas a atitude dos jogadores aponta um Cruzeiro diferente na temporada. Um Cruzeiro que vai saber solucionar os problemas que aparecem. Então, é isso que deixa a gente aliviado na verdade. O ruim é quando não tem perspectiva de solucionar os problemas. Voltando alguns jogadores podemos sim permanecer na parte alta da tabela para depois ver a capacidade do time na reta final. Mas as cosias começam a acontecer naturalmente porque a confiança aumenta”, disse Mano Menezes, que explicou Alisson na reserva.
“Alisson entrou muito bem. E a ideia era essa, de deixar para o segundo momento. Era ter o jogador que incendiasse o jogo, para ter o lance individual de volta, mas, durante os 90 minutos, com desgaste de sequencia não consegue fazer. Num segundo momento, você consegue fazer. E o Alisson entrou muito bem sim”, analisou.
