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Mineirão da Primeira Liga contrasta com o da Copa do Brasil: 'Ninguém se lembrava da competição', diz técnico do Cruzeiro

Cruzeiro derrotou Grêmio por 2 a 0 e avançou à semifinal

postado em 31/08/2017 01:06 / atualizado em 31/08/2017 12:44

Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
Há uma semana, 55 mil torcedores acompanhavam no Mineirão o jogo entre Cruzeiro e Grêmio. Era semifinal de Copa do Brasil. Depois de ganhar por 1 a 0 no tempo normal, a Raposa fez 3 a 2 nos pênaltis e se classificou para a decisão. Nesta quarta-feira, mineiros e gaúchos voltaram a se encontrar. O palco era novamente o Gigante da Pampulha. A competição, porém, foi outra. Na “esquecida” Primeira Liga, apenas 5.708 pessoas pagaram ingresso e assistiram à classificação cruzeirense com vitória por 2 a 0, gols de Raniel e Arrascaeta no fim do segundo tempo. O público total foi de 7.545 presentes.
Antes da partida, a movimentação do lado de fora do Mineirão estava bastante tranquila. Nenhuma fila para acessar o estádio, estacionamento praticamente vazio e principais vias de acesso à Pampulha com trânsito livre (Avenida Antônio Carlos e Avenida Professor Carlos Luz). A diretoria até moveu esforços para levar mais gente à arena, estabelecendo preços de ingressos a R$ 20 (anel inferior) e R$ 40 (anel superior) e oferecendo descontos de até 50% para sócios que comprassem quatro entradas. Mas a Primeira Liga não atraiu multidões. Tanto que o espaço reservado aos visitantes tinha apenas 23 torcedores do Grêmio.
 
Quem compareceu ao estádio procurou apoiar. Os primeiros gritos foram tímidos, já que a equipe celeste atacava pouco. Contudo, quando Léo, goleiro do Grêmio, fez a primeira defesa, os sete mil cruzeirenses se animaram. No segundo tempo, a pressão azul em busca do tento da vitória contagiou o público, que foi ao delírio com os gols de Raniel, aos 43min, e Arrascaeta, aos 47min.
 
Na entrevista coletiva, o técnico Mano Menezes elogiou o comportamento dos cruzeirenses e disse que a quantidade de pessoas no Mineirão poderia ser maior se a Primeira Liga não fosse um torneio espaçado – o jogo anterior do Cruzeiro havia sido diante do Joinvillle, no dia 21 de março, num empate sem gols pela terceira rodada do Grupo C.
 
“É sempre muito difícil manter a atração numa competição quando ela joga um período e depois se estabelece um espaço muito grande como aconteceu este ano. Ninguém mais se lembrava da competição. Agora voltamos a falar dela. Tem o jogo no domingo (contra o Londrina, pela semifinal). Se tivesse outro jogo em seguida, falaria por mais tempo. E aí atrai. Hoje no Espírito Santo teve bom público. No Beira-Rio também. E eu diria que os 5.708 que aqui estiveram merecem o nosso aplauso, merecem os parabéns. Por tudo que aconteceu, eles estavam ao lado do Cruzeiro para ajudar”, disse o comandante.
 
“O torcedor precisa de motivos especiais (para comparecer ao estádio) e nós temos de criar esses motivos para ele vir. Quando criamos na quarta-feira passada, tivemos quase 60 mil pessoas no Mineirão. Então somos nós que temos de cuidar do futebol para que seja atraente para o torcedor”, acrescentou.
 
Pela semifinal da Primeira Liga, o Cruzeiro jogará às 11h de domingo contra o Londrina, no Estádio do Café, em Londrina-PR. O clube paranaense se classificou nesta quarta-feira ao vencer o Fluminense em casa por 2 a 0. Já na quinta-feira, dia 7 de setembro (21h45), a Raposa terá pela frente o Flamengo, no duelo de ida da final da Copa do Brasil. O rubro-negro terá mais tempo de descanso e treinamento, já que foi eliminado da Liga pelo Paraná nas penalidades máximas.

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