Dezenove minutos do primeiro tempo. Depois de receber passe de Thiago Neves, Alisson percebe a passagem de Diogo Barbosa pela linha de fundo e rola a bola. O camisa 6, então, efetua ótimo cruzamento em direção ao segundo poste. Lá estava o pequenino Rafinha, de apenas 1,67m. Com competência para se antecipar a Guilherme Arana, 13 centímetros mais alto, o camisa 70 cabeceou firme para as redes de Cássio e marcou o gol do Cruzeiro no empate por 1 a 1 com o Corinthians, no Mineirão, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Ao comentar o lance, Rafinha atribuiu os méritos a Diogo Barbosa. “O cruzamento do Diogo foi perfeito. Eu só precisei antecipar o Arana e colocar a cabeça na bola. Mas o mérito todo foi do Diogo. Não foi um cruzamento, foi um passe”. (Assista à jogada abaixo):
Diogo, por sua vez, elogiou o posicionamento do colega. “Fiz uma ultrapassagem pelo Alisson, que teve a percepção. Pude acertar bom cruzamento para o Rafinha, que é pequeninho e subiu muito. Ele conseguiu fazer o gol”, disse o camisa 6, que lamentou a cessão do empate aos 39min do segundo tempo – gol de pênalti de Clayson. “Uma pena a gente ter tomado esse gol de empate. A equipe estava bem no jogo. Mas fazer o quê, né?! É partir para a próxima”.
Não foi o primeiro gol de cabeça de Rafinha pelo Cruzeiro. No ano passado, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, ele recebeu cruzamento de Arrascaeta e testou firme para assinalar um dos tentos cruzeirenses no empate por 2 a 2 com o Coritiba, no Independência.
Elogios do chefe
Responsável pelas melhores jogadas do Cruzeiro neste domingo e eficiente na marcação, Rafinha já havia feito boas apresentações na final da Copa do Brasil, sobretudo no segundo duelo da decisão, em que o time azul empatou sem gols no Mineirão e ganhou por 5 a 3 nos pênaltis. O crescimento do experiente de 34 anos foi destacado por Mano Menezes na entrevista coletiva depois do jogo contra o Corinthians. O treinador lembrou do período em que comandou o atleta no Grêmio, em 2006.
“O Rafinha faz isso comigo desde 2006, quando ele tinha bem menos idade que isso. Nós o levamos para o Grêmio na época para ele fazer tudo isso. Fez isso no Santo André contra a gente na Série B, era um jogador que pertencia ao São Paulo, e nós pedimos emprestados na temporada 2006. Era o 12º jogador na equipe, sempre entrava, sempre foi assim, é característica dele. Hoje está mais experiente, a experiência traz alguns atalhos. Ele sabe se dosar para conseguir completar um jogo forte como esse como ele fez. Está aí como todos os jogadores, se entregando como deve se entregar.”
Apesar de ser habitualmente reserva, Rafinha é um dos jogadores mais utilizados por Mano no elenco. Ele fez 44 partidas em 2017 e marcou três gols. No Cruzeiro desde julho de 2016, o meia anotou cinco tentos em 65 apresentações.
Apesar de ser habitualmente reserva, Rafinha é um dos jogadores mais utilizados por Mano no elenco. Ele fez 44 partidas em 2017 e marcou três gols. No Cruzeiro desde julho de 2016, o meia anotou cinco tentos em 65 apresentações.
