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Egídio aumenta lista de retornos ao Cruzeiro: relembre 10 'recontratações' feitas no clube

Clube celeste já recorreu em outras ocasiões a jogadores 'velhos de casa'

postado em 30/11/2017 07:00 / atualizado em 30/11/2017 11:46

Juarez Rodrigues/EM D.A Press
Egídio é o primeiro reforço oficializado pelo Cruzeiro para 2018. O contrato entre o clube e o lateral-esquerdo de 31 anos valerá até dezembro de 2019. Solicitado pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares e aprovado por Mano Menezes, o jogador viveu altos e baixos no Palmeiras, onde atuava desde 2015, mas emplacou duas boas temporadas a serviço da equipe celeste, pela qual foi bicampeão brasileiro em 2013 e 2014. Com 107 jogos, quatro gols – dois em cobranças de falta – e 17 assistências vestindo a camisa a Raposa, Egídio regressou à antiga casa justamente em virtude do rendimento satisfatório – apesar de algumas contestações, sobretudo nas funções defensivas.
 
Não é a primeira vez que o Cruzeiro acerta a volta de um velho conhecido. Um dos exemplos no elenco é o volante Lucas Silva, vendido no início de 2015 por 13 milhões de euros ao Real Madrid e emprestado dois anos mais tarde ao time azul após passagens apagadas pelo próprio clube espanhol e pelo Olympique de Marselha, da França. O também volante Henrique, na Raposa desde 2008, teve um período de um ano e meio no Santos (meados de 2011 ao fim de 2012). Abaixo, o Superesportes relembra outras 10 “recontratações” feitas pela Raposa nos últimos anos.

Cleison

Revelado na categoria de base do Cruzeiro, foi emprestado em duas oportunidades: para o Belenenses de Portugal, em 1993/1994, e o Vitória, em 1995. Porém, o polivalente jogador – que atuava de atacante, meia e até volante – só conseguiu se dar bem no clube celeste, pelo qual se sagrou campeão das Copas do Brasil de 1993 e 1996 e da Copa Libertadores de 1997. Em 288 jogos, marcou 91 gols, sendo o 16º maior artilheiro de todos os tempos. Cleison também passou por Flamengo, Grêmio, Atlético, Brasiliense, Sport, Náutico, Portuguesa, Santa Cruz, Gama, Caxias, Ceará, América-RN e Fortaleza, onde encerrou a carreira aos 37 anos, em 2009.

Washington Alves/EM/D.A Press

Marcelo Ramos

Contratado ao Bahia em 1994 para substituir Ronaldo, vendido à época para o PSV Eindhoven da Holanda, Marcelo Ramos atuou por dois anos e meio no Cruzeiro em sua primeira passagem, contabilizou 58 gols e levantou a taça da Copa do Brasil de 1996. O próprio PSV o contratou por empréstimo em 1996/1997. Marcelo até que foi bem na Europa: somou 14 gols, sendo 11 no Campeonato Holandês. O centroavante, no entanto, retornou a Belo Horizonte para mais um período de sucesso na Toca da Raposa. Dessa vez, de maio de 1997 a março de 2000, foi às redes 78 vezes e celebrou, entre vários troféus, o da Copa Libertadores da América, em 1997. O problema é que o ídolo da torcida celeste ficou fora dos planos dos treinadores Marco Aurélio e Luiz Felipe Scolari. Assim, a diretoria cruzeirense o cedeu a Palmeiras (em troca do armador Jackson) e São Paulo (por R$ 800 mil). As duas últimas estadas de Marcelo Ramos no Cruzeiro (2001, e 2002 a 2003) foram intercaladas por uma experiência no Nagoya Grampus, do Japão. Com mais de 400 gols na carreira, o baiano pendurou as chuteiras em 2012, aos 39 anos.

Jorge Gontijo/Estado de Minas

Fábio Júnior

Artilheiro do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 1998, com 18 gols, Fábio Júnior foi vendido à Roma, da Itália, por US$ 15 milhões em janeiro de 1999. Na ocasião, a diretoria conseguiu uma valorização de 1600% ao que foi gasto para contratá-lo ao Democrata de Governador Valadares: R$ 300 mil, em junho de 1997. Só que Fábio Júnior não emplacou no futebol italiano e ainda foi acusado pelas autoridades locais de utilizar passaporte falso na Europa. A solução encontrada pela Roma foi emprestá-lo quatro vezes, sendo duas ao próprio Cruzeiro. E o jogador conseguiu títulos importantes em Minas, como a Copa do Brasil de 2000 e a Copa Sul-Minas de 2002. Em 190 jogos pela Raposa, Fábio Júnior marcou 81 gols. Também defendeu os outros dois clubes da capital: Atlético (64 jogos e 30 gols) e América (183 jogos e 72 gols).

Euler Junior / Estado de Minas

Alex

A primeira passagem de Alex pelo Cruzeiro foi apagada. Num time recheado de estrelas – Edmundo, Rincón, Sorín e outros –, o armador usou o número 9 e fez apenas quatro gols em 16 partidas. Chegou a ser dispensado por telefone, em dezembro de 2001, mas um convite de Vanderlei Luxemburgo, no ano seguinte, o fez voltar a BH para ser o protagonista do capítulo mais mágico da história cruzeirense: a conquista da Tríplice Coroa, em 2003. Em 63 partidas naquela temporada, o ex-camisa 10 marcou 39 gols, sendo 23 no Campeonato Brasileiro, competição na qual o time somou 100 pontos em 46 apresentações. O aproveitamento de 72,47% jamais foi superado desde a implantação do sistema dos pontos corridos. Em 2004, o Fenerbahçe da Turquia contratou Alex e compensou a Raposa financeiramente. O meia encerrou a carreira em 2014 no Coritiba, onde deu os primeiros passos no futebol e também se tornou ídolo.

Arquivo/Estado de Minas

Geovanni

Herói do título da Copa do Brasil de 2000 ao marcar gol de falta na vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, aos 44min do segundo tempo, Geovanni deixou o Cruzeiro em junho de 2001 rumo ao Barcelona, da Espanha. O valor desembolsado pelos espanhois foi de US$ 18 milhões, pagos em três parcelas de US$ 6 milhões. A quantia na moeda nacional chegava a R$ 43 milhões. Geovanni, que havia feito 44 gols em 158 partidas pelo Cruzeiro, foi considerado um fiasco na equipe blaugrana. O meia-atacante deu sequência à carreira no futebol europeu e até teve boa passagem pelo Benfica de Portugal. Em 2006, aos 26 anos, acertou a volta ao Cruzeiro, mas não teve sucesso: balançou as redes apenas três vezes em 26 partidas. “Primo pobre” do poderoso United até então, o Manchester City contratou o ex-cruzeirense em 2007, mas o desempenho foi apenas razoável. No Hull City, também da Inglaterra, é que Geovanni conseguiu bons números: 11 gols em 60 apresentações em duas edições da Premier League. O antigo camisa 11 estrelado parou de jogar futebol em 2013, no Bragantino.

Paulo Filgueiras/EM D.A Press

Sorín

Comprado do River Plate por US$ 5,08 milhões, em 2000, Sorín caiu rapidamente nas graças da China Azul por ser um lateral de muita participação ofensiva e com a chamada “raça argentina". Na Copa João Havelange, o camisa 6 marcou seis gols e ganhou a Bola de Prata, prêmio oferecido pela Revista Placar, como melhor atleta de sua posição. Nos dois anos seguintes, manteve-se atuando em bom nível até despertar o interesse da Lazio, que se propôs a pagar US$ 9,5 milhões para retirá-lo do Cruzeiro. O clube italiano, entretanto, não conseguiu honrar o compromisso e pagou apenas uma parcela de US$ 1,5 milhão. A transferência, então, transformou-se num empréstimo. Posteriormente, Sorín foi emprestado ao Barcelona em 2003 (US$ 650 mil) e ao Paris Saint-Germain em 2003/2004. Também atuou por Villarreal-ESP e Hamburgo-ALE. As últimas passagens do lateral pela Raposa foram discretas: nove jogos e um gol, em 2004; e sete jogos e nenhum gol, em 2009, ano do encerramento da carreira profissional.

Arquivo/Estado de Minas

Ricardinho

Foram oito anos seguidos a serviço do Cruzeiro, entre 1994 e 2002. Em 415 partidas, marcou 47 gols e ganhou 15 títulos, sendo os principais a Copa Libertadores de 1997 e as Copas do Brasil de 1996 e 2000. Em agosto de 2002, Ricardinho trocou a Toca da Raposa pelo futebol japonês. Foi jogar no Kashiwa Reysol, onde ficou até 2006. Em 2007, o ex-camisa 8, que estava perto de completar 31 anos, retornou ao Cruzeiro. Uma lesão crônica no tornozelo o impediu de atuar em alto rendimento, e o volante fez apenas um gol em 26 jogos. Ricardinho até tentou continuar a carreira no Corinthians, ainda em 2007, mas as dores no pé direito abreviaram sua carreira.

Juarez Rodrigues/Estado de Minas

Maurinho

Lateral-direito do supertime de 2003, Maurinho continuou no Cruzeiro até o fim de 2005. Nesse período, contabilizou 127 jogos e marcou sete gols. Em janeiro de 2006, o São Paulo pagou US$ 1,1 milhão por sua contratação, mas o atleta não emplacou no Morumbi por causa das sucessivas lesões. Apagado também no Goiás, em 2007, Maurinho voltou à Toca em 2008. Já em decadência física, o lateral fez somente quatro partidas. Hoje, aos 40 anos, ele faz parte do time de Masters do Cruzeiro, tal como Marcelo Ramos, Cleison e Ricardinho, citados nessa matéria.

Arquivo/Estado de Minas

Gilberto

Lateral-esquerdo em sua primeira passagem pelo Cruzeiro, em 1998 (75 jogos e cinco gols), Gilberto voltou como armador, 11 anos depois. Com a experiência adquirida na Europa (Herta Berlin-ALE e Tottenham-ING) e convocações constantes para a Seleção Brasileira, foi o cérebro da equipe nas boas campanhas nos Brasileiros de 2009 (4º lugar) e 2010 (2º lugar). Contudo, por causa de várias polêmicas - principalmente com o meia Roger - Gilberto rescindiu seu contrato com a Raposa em setembro de 2011. O vínculo original valeria até dezembro de 2012. Ao todo, ele marcou 21 gols em 156 apresentações pelo clube.

Arquivo/Estado de Minas

Marcelo Moreno

De sexta opção no ataque a xodó da torcida, Marcelo Moreno alcançou boa média em sua primeira passagem pelo Cruzeiro, com 21 gols em 36 partidas (0,58). Em maio de 2008, foi vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por 9 milhões de euros. Os mineiros embolsaram 40% do valor. No leste europeu, o boliviano não se adaptou, e o clube ucraniano o cedeu em duas oportunidades: a Werder Bremen, da Alemanha, e Wigan, da Inglaterra. Em dezembro de 2011, o Grêmio adquiriu 70% dos direitos de Marcelo Moreno por 6 milhões de euros. O atacante até fez seus gols pelo Tricolor, mas não justificou a importância investida. Em 2013, Moreno passou pelo Flamengo e ganhou a Copa do Brasil, mesmo sem ser convincente. Em 2014, o centroavante retornou ao Cruzeiro por empréstimo, marcou 24 gols em 47 jogos e faturou Campeonato Mineiro e Campeonato Brasileiro. Com os números, ele se tornou o maior artilheiro estrangeiro da história do clube (45 gols em 93 apresentações). Hoje, aos 30 anos, está no Wuhan Zall, da Segunda Divisão Chinesa.
Rodrigo Clemente/EM D.A Press

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