Basicamente, são duas “diferenças” nas formações. Quem jogou na lateral direita na final do Estadual contra o Atlético foi Edilson, que não estará à disposição esta semana por se recuperar de estiramento na panturrilha direita. Com isso, Lucas Romero será improvisado na posição, e Ariel Cabral entrará no meio-campo. Cabe ressaltar que Mano chegou a testar Jadson na função, porém recolocou o argentino, já acostumado a atuar ao lado de Henrique. O mesmo aconteceu em relação a David e Marquinhos Gabriel na ponta-esquerda.
Na armação, a “cara nova” é Thiago Neves, fundamental para o Cruzeiro na classificação ante o Fluminense, nas oitavas de final da Copa do Brasil. O camisa 10 marcou os dois gols gols no empate por 2 a 2 no confronto de volta, no Mineirão, e converteu a última cobrança na disputa por pênaltis: 3 a 1. Assim, o meia Rodriguinho, titular nas finais do Mineiro, ficará no banco de reservas.
A lateral esquerda não representaria necessariamente uma terceira mudança, pois Mano Menezes colocou Egídio na vitória cruzeirense por 2 a 1, pelo jogo de ida, e Dodô no empate por 1 a 1, no segundo duelo. No reencontro com o Atlético, o camisa 6 parece ter ganhado a disputa.
Entre as opções no banco de reservas, o único a ter entrado nos dois clássicos pela final do Mineiro foi Pedro Rocha. No segundo jogo, ele protagonizou o lance que originou o pênalti cometido por Leonardo Silva, zagueiro do Atlético, após toque com a mão na bola em tentativa de carrinho. Fred marcou o gol de empate e garantiu o título ao Cruzeiro.
A expectativa é se o time vai conseguir ter repertório de jogadas. Diante do Inter de Minas, houve dificuldades de criação diante de um adversário que disputará a Segunda Divisão do Mineiro. O mesmo aconteceu no jogo-treino contra o América, em 1º de julho, no qual a Raposa perdeu por 2 a 1. Em entrevista depois do revés para o Coelho, na última terça-feira, o meia Robinho já havia externado sua preocupação.
“Na parte ofensiva, estamos criando muito pouco. Isso tem me incomodado, principalmente no Brasileiro. Tirando o jogo contra a Chapecoense, nos outros a gente não conseguiu criar muito. Está faltando, de repente, colocar um pouco mais de velocidade nas jogadas. Não consegui entender o que a gente precisa fazer, e ontem (1º de julho, no jogo-treino contra o América) ficou nítido. A gente criou poucas oportunidades. A gente precisa mudar isso. Mano tem falado muito isso. Passa muito por mim isso. Eu tenho procurado melhorar junto com os meus companheiros de setor. Tenho certeza que vamos melhorar nos próximos jogos”.
Depois do título estadual, o Cruzeiro fez 13 jogos, com três vitórias, quatro empates e seis derrotas. A última vez em que a torcida celeste comemorou um triunfo foi em 5 de maio, contra o Goiás, no Mineirão, pela terceira rodada do Brasileiro: 2 a 1. Em seguida, o time amargou nove jogos sem vitória (quatro empates e cinco derrotas) e encerrou o período pré-Copa América em crise institucional, já que a diretoria é investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público por suspeitas de práticas irregulares na gestão do clube.
Times das finais do Mineiro e das quartas de final da Copa do Brasil
Cruzeiro 2x1 Atlético - 14/04/2019
Fábio; Edilson, Dedé, Leo e Egídio; Henrique e Lucas Romero (Ariel Cabral); Robinho (Rafinha), Rodriguinho (Pedro Rocha) e Marquinhos Gabriel; Fred.
Atlético 1x1 - 20/04/2019
Fábio; Edilson, Dedé, Leo e Dodô; Henrique e Lucas Romero (Thiago Neves); Robinho, Rodriguinho (Lucas Silva) e Marquinhos Gabriel (Pedro Rocha); Fred.
Cruzeiro 2x0 Inter de Minas - jogo-treino - 06/07/2019 (provável time para o clássico de quinta-feira)
Fábio; Lucas Romero, Dedé, Leo e Egídio; Henrique e Ariel Cabral; Robinho, Thiago Neves e Marquinhos Gabriel; Fred.