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Palco de títulos, Mineirão sediou vexames do Cruzeiro em rebaixamento à Série B

Raposa terminou a Série A com terceiro pior aproveitamento como mandante

postado em 09/12/2019 11:00 / atualizado em 09/12/2019 02:57

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press)
Em 54 anos de história, o Mineirão foi palco de inúmeros títulos do Cruzeiro. Em 1997, Elivélton acertou chute de pé esquerdo, aos 30 minutos do segundo tempo, e fez o gol da vitória sobre o Sporting Cristal, pela final da Copa Libertadores. Em 2000, Geovanni cobrou falta aos 43 minutos da etapa final e garantiu a virada em cima do São Paulo, por 2 a 1, pela decisão da Copa do Brasil. Em 2003, também na Copa do Brasil, Deivid, Aristizábal e Luisão se aproveitaram de assistências de Alex e, de cabeça, garantiram o 3 a 1 diante do Flamengo. Em 2013 e 2014, os cruzeirenses se acostumaram ao show da dupla Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, no bicampeonato nacional consecutivo. Em 2017, viram o uruguaio Arrascaeta protagonizar o bi da Copa do Brasil. O mesmo Mineirão, de tantas alegrias e páginas heroicas e imortais, recebeu a maior decepção em quase 99 anos: o rebaixamento à Série B.

O descenso foi confirmado nesse domingo, com derrota para o Palmeiras, diante de 27 mil torcedores no Gigante da Pampulha. O adversário não precisou fazer muito esforço para balançar a rede contra uma equipe apática, sem vibração e totalmente entregue. Aos 12 minutos do segundo tempo, Zé Rafael recebeu passe rasteiro de Raphael Veiga e fez 1 a 0. Aos 39, Bruno Henrique cruzou, e Dudu cabeceou no ângulo: 2 a 0.

Quando a bola ainda rolava, vândalos descarregaram toda a sua fúria depredando o estádio. Houve arremesso de cadeiras e bombas, além de confronto com a Polícia Militar. O saldo foi de quatro torcedores presos e mais de 30 feridos. Um desfecho lamentável a um time que, em 2019, não foi “cabuloso” dentro de seus domínios.

O Cruzeiro terminou a Série A com a terceira pior campanha entre os mandantes. Em 19 partidas, venceu cinco, empatou oito e perdeu seis, com 23 pontos em 57 possíveis (40,35%). O também rebaixado CSA alcançou o mesmo aproveitamento, porém com uma vitória a mais. A Chapecoense contabilizou 17 (29,82%), enquanto o Avaí somou 12 (21,05%).

Das 19 partidas em casa, duas ocorreram no Independência, onde o Cruzeiro perdeu para Chapecoense, 2 a 1, e Grêmio, 4 a 1. No Mineirão, o rendimento também não foi positivo, mas duas partidas específicas irritaram profundamente os torcedores. No dia 18 de novembro, a Raposa enfrentou o Avaí dependendo de simples vitória para se afastar da zona de rebaixamento e até entrar no pelotão de classificação à Copa Sul-Americana de 2020. A vantagem de mais de 70% na posse de bola não foi convertida em gol e o duelo terminou empatado por 0 a 0. Já no dia 28, o vexame foi pior: derrota por 1 a 0 para o CSA em noite de boa atuação do goleiro Jordi.

No returno do Brasileiro, o Cruzeiro disputou dez jogos em casa e venceu apenas o São Paulo, por 1 a 0, em 16 de outubro. No turno, o desempenho havia sido melhor, com quatro triunfos em nove partidas: Ceará, 1 a 0; Goiás, 2 a 1; Santos, 2 a 0; e Vasco, 1 a 0. Desde quando o campeonato passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, em 2003, o rendimento de 2019 foi o mais baixo.

Cruzeiro como mandante no Brasileiro


Cruzeiro 0x2 Palmeiras

Cruzeiro 0x1 CSA

Cruzeiro 0x0 Avaí

Cruzeiro 0x0 Atlético

Cruzeiro 1x1 Bahia

Cruzeiro 1x1 Fortaleza

Cruzeiro 1x0 São Paulo

Cruzeiro 0x0 Fluminense

Cruzeiro 1x1 Internacional

Cruzeiro 1x2 Flamengo

Cruzeiro 1x4 Grêmio

Cruzeiro 1x0 Vasco

Cruzeiro 2x0 Santos

Cruzeiro 0x2 Athletico-PR

Cruzeiro 0x0 Botafogo

Cruzeiro 0x0 Corinthians

Cruzeiro 1x2 Chapecoense

Cruzeiro 2x1 Goiás

Cruzeiro 1x0 Ceará

Cruzeiro como mandante nos pontos corridos


2019 - 5 vitórias, 8 empates e 6 derrotas (40,35%) - 17º

2018 - 11 vitórias, 4 empates e 4 derrotas (64,91%) - 8º

2017 - 9 vitórias, 7 empates e 3 derrotas (59,64%) - 5º

2016 - 7 vitórias, 7 empates e 5 derrotas (49,12%) - 12º

2015 - 10 vitórias, 6 empates e 3 derrotas (63,15%) - 8º

2014 - 15 vitórias, 2 empates e 2 derrotas (82,45%) - campeão

2013 - 14 vitórias, 3 empates e 2 derrotas (78,94%) - campeão

2012 - 9 vitórias, 5 empates e 5 derrotas (56,14%) - 9º

2011 - 8 vitórias, 5 empates e 6 derrotas (50,87%) - 16º

2010 - 11 vitórias, 5 empates e 3 derrotas (66,66%) - vice-campeão

2009 - 9 vitórias, 3 empates e 7 derrotas (52,63%) - 4º

2008 - 15 vitórias, 2 empates e 2 derrotas (82,45%) - 3º

2007 - 11 vitórias, 2 empates e 6 derrotas (61,4%) - 5º

2006 - 10 vitórias, 8 empates e 1 derrota (66,66%) - 10º (20 clubes)

2005 - 11 vitórias, 4 empates e 6 derrotas (58,73%) - 8º (22 clubes)

2004 - 12 vitórias, 3 empates e 8 derrotas (56,52%) - 13º (24 clubes)

2003 - 17 vitórias, 5 empates e 1 derrota (81,15%) - campeão (24 clubes)

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